segunda-feira, outubro 22, 2007

Desculpa

Procuro uma forma de escrever sobre ele.
Não importa que seja belo.
Não interessa se é tocante.
Não busco a originalidade.
Queria apenas conseguir escrever sobre ele com decência.
Algo decente.
Algo dignificante.
Como ele merece.
E não teve.
Ele foi o único digno e decente naquele dia.
Era hora de almoço, dia de semana, centro de Lisboa.
Estava calor e brilhava o sol de Outono.
Tudo parecia bonito.
Era apenas agitação habitual das horas de almoço mas nesse dia, por o dia estar especialmente bonito, as pessoas pareciam particularmente alegres e bem dispostas.
Há minha volta tudo eram sorrisos.
No meio de todos estes sorrisos apressados, estava ele.
No meio de todos nós, formiguinhas agitadas buscando alimento, estava ele.
Deitado no chão, todo enroladinho, com um braço debaixo da cabeça para suavizar a dureza do chão.
Dormia.
Dormia profundamente no meio do passeio.
Literalmente no meio.
Ele e as laranjas.
Havia laranjas, abertas a meio e chupadas até à casca, deitadas ao lado dele no passeio.
Pareciam ali estar para embelezar o cenário.
Imaginei-o sentado no chão, cansado, com sono, com fome, com sede, com calor, agarrado ás laranjas, chupando-as sofregamente, buscando-lhes a doçura, a frescura, o conforto no estômago e na alma que iriam ajudar a adormecer.
Não sei se foi como eu imaginei.
Mas sei que ele dormia ali no meio do passeio e parecia em paz.
Imaginei-o durante a noite deambulando pelas ruas pensando em dormir, imaginei-o ainda pouco familiarizado com a sua situação sem saber para onde encostar, imaginei-o a tentar várias vezes em vários sítios sem nunca se sentir seguro, sem nunca conseguir encontrar um canto onde descansar os ossos por não conseguir descansar a mente.
Imaginei-o a falar para dentro, a tentar acalmar-se, a dizer a si mesmo que já era altura de se habituar, que o dia estava quase a nascer, que parecia ir estar bom tempo, que as ruas iam estar cheias de gente, que o iam olhar e não os sabia ainda ignorar.
Imaginei-o a pensar que se ao menos não tivesse tanta fome talvez fosse mais fácil, tinha de aprender a controlar o medo da fome, ia ter fome muitas vezes daí para a frente enquanto não aprendia a desenrascar-se melhor.
Imaginei-o na dúvida se deveria comer as suas duas últimas laranjas ou deveria continuar a guardá-las para quando a dor no estômago fosse insuportável, ainda tinha vergonha de pedir, ainda se encolhia perante os olhares curiosos, ainda estupidamente sentia que deveria pedir desculpa por estragar a paisagem com a sua imagem pobre e triste.
Imaginei-o a recordar a sensação de ter cama e a perguntar a si mesmo como era possível uns dias apenas sem cama lhe parecerem uma eternidade?
Imaginei-o a lembrar que um tecto e umas paredes na hora do sono o faziam sentir seguro e protegido.
Imaginei que a sua a angustia não se deixava vencer pelo cansaço e por mais que tentasse dormir não conseguia.
Imaginei que não tinha sido o álcool, nem as drogas, nem o jogo, nem a doença a leva-lo naquele dia, aquele passeio.Imaginei algo bem mais simples, pobreza simplesmente!
Imaginei-o sem emprego e sem dinheiro sem uma família e sem amigos para ajudar num mundo com tanto de belo como de cão.
Imaginei-o a perder as primeiras coisas, a vender os primeiros móveis, a TV, o rádio do carro, o carro.
Imaginei-o já sem outra solução senão perder também a casa e sem ter para onde ir.
Que faz um homem quando isto acontece?
Que faz um homem quando isto acontece, meus senhores?
Alguém me diz?
Ouçam!
Escutem-me, respondam-me!
Que faz um homem quando isto acontece?
È que acontece mesmo.
Acontece.
Eu sei.
Eu vi.
Não sei se foi como imaginei mas sei que acontece.
Eu vi.
Que faz um homem quando lhe acontece a ele?
Ele não soube o que fazer, comeu as laranjas e acabou por adormecer exausto à hora de almoço num passeio bem iluminado nas avenidas novas de Lisboa no meio de dezenas de formiguinhas atarefadas e sorridentes.
Eu era uma delas.
Tristemente.
Envergonho-me disso.
Olhei-o, pensei no quanto devia estar cansado para ter adormecido num lugar tão pouco acolhedor, memorizei a sua imagem acompanhado das laranjas e tal e qual como todos os outros segui o meu caminho.
Segui caminho como fizeram todos os outros.
Segui mas perturbada.
Uns metros à frente, telefonei ao meu amor do meu telefone de marca e disse-lhe que me sentia mal por tê-lo feito.
Achei que até podia estar morto e eu não tinha parado para ver, para me certificar que estava bem.
Que raio de monstrinho era eu?
No que é que me tinha tornado?
A voz segura e carinhosa no telefone dizendo-me que ele estava bem com certeza e estaria apenas a dormir não foi suficiente para me descansar.
A imagem dele e das suas laranjas não me saia da cabeça.
A visão de mim, seguindo as outras formigas tão monstruosas como eu sem sair do carreirinho para ao menos lhe tocar no ombro e perguntar se estava bem, perturbava-me.
Não o quis acordar é verdade, quis preservar o seu sono que imaginei ter sido difícil de alcançar mas isso não chega para justificar não ter sequer parado.
Como podemos nós ter-nos tornado nisto?
Que mundo é este e que seres estranhos o habitam.
Um homem aparentemente adormecido no meio do passeio à hora de almoço acompanhado por laranjas bem laranjas ajudando a dar cor à desgraça e ninguém pára para ver se ele está bem?
Porquê?
Não sei explicar porque não parei.
Sei que não o fiz.
Sei que isto se passou na semana passada e não consigo deixar de pensar nele, não consigo afastar a sua imagem, não consigo parar de me perguntar porque não parei.
Nesse dia quando regressei pelo mesmo caminho ele já lá não estava.
Olhei à volta para ver se o encontrava por perto mas ele tinha partido.
Não voltei a vê-lo e não vou esquecê-lo nunca.
Falei dele várias vezes depois disso e prometi a mim mesma que iria escrever sobre ele.
Iria pelo menos dedicar-lhe esse tempo da minha vida.
Estou aqui a escrever sobre ele.
Com decência.
Com a decência e o carinho que ele merecia e não lhe soube dar naquele dia.
Fui indecentemente fria.
Estou a ser decente e carinhosa agora.
Escrevo com toda a decência que me é possível encontrar nas palavras.
Escrevo com todo o carinho, com todo o carinho que encontrei no meu coração.
Escrevo com vergonha, uma vergonha que quero aqui assumir perante vós.
Escrevo com arrependimento tentando perdoar-me.
Escrevo com esperança de nunca mais seguir o meu caminho sem parar quando alguém pode precisar de ajuda.
Há que parar.
Há que olhar à volta.
Há que não inventar desculpas.
Há que estar atento.
Há que ajudar.
O mundo somos nós que o fazemos esta é a verdade.
O mundo não é cão como tantas vezes lhe chamamos, se fosse cão seria bem melhor.
O mundo é assim porque nós o fazemos assim.
O que faz um homem quando isto lhe acontece?
A sério.
Pensem.
O que sente um homem quando isto acontece?
O que faz?
Eu não sei.
Tenho uma certeza.
Gostava que alguém parasse por mim.
Gostava que alguém se desviasse do caminho por mim.
Gostava que alguém me estendesse a mão.
Eu não o fiz nesse dia.
Vou fazer daqui para a frente.
Façam também!


Isabel


Para o homem das laranjas com um pedido de desculpas.

Fotografia da minha querida Bettips
Façam de conta que são laranjas... para mim são!

35 Comments:

Blogger Manuel Veiga said...

"temos ouvidos e vemos, não podemos ignorar..."

é um começo!

gosto dos teus "estados de alma".

segunda-feira, outubro 22, 2007  
Blogger bettips said...

Para ti, tudo o que queiras...goiabas. Pensamentos com sinal =. Beijinhos, linda!

segunda-feira, outubro 22, 2007  
Blogger Haddock said...

não sei o que responda, isabel...
teria parado, eu? não sei...
às vezes páro, outras acelero...
"adoecem-me" os velhos atirados para a rua...
não consigo comover-me com os "arrumadores"...
mas... a eles isto também aconteceu!

somos estranhos...

o que sentem e o que fazem quando deixam de ter pé?? afundam-se, até que alguém lhes lance a mão!

sim, há que contrariar esta cultura da indiferença.



excelente, como sempre!

segunda-feira, outubro 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Reconhecer que deveriamos ter feito algo e não o fizemos é ser real. É começar, não recomeçar, vai em frente amiga...

segunda-feira, outubro 22, 2007  
Blogger bettips said...

Ao menos, uma palavra, sim.
Deixaste-nos a tua mágoa, aceitamo-la para a lembrar - ferro/fogo - de cada vez que isso acontecer e não pararmos. Que tenhamos uma dúvida que nos pare o passo... Bj

segunda-feira, outubro 22, 2007  
Blogger Maria said...

Isabel,

... e quantos estão completamente acordados e se cruzam connosco, famintos de um olhar, e nós nem sequer os vimos?
E... e.... e....?
Estou a ver um programa na rtp1. Neste momento diz alguém "e aquele que tem um telemóvel e não tem leite para dar aos filhos? porque ter um telemóvel é um estatuto"....
A acção tem de ser conjunta. Individualmente cada um de nós, sim, mas conjunta....

Beijinho

segunda-feira, outubro 22, 2007  
Blogger Alma Nova ® said...

Quantas e quantas vezes passamos...ou passam por nós...de olhos cegos e alma fechada?! Somos nós, apenas, Seres Humanos, que amam o seu "umbigo" e esquecem que todos os outros o têm também. Senti-lo, reconhecê-lo é um sinal, um óptimo sinal de Vida.

segunda-feira, outubro 22, 2007  
Blogger Elvira Carvalho said...

Passei por aqui. Não sei que lhe dizer. Fiquei emocionada e ao mesmo tempo incomodada. Incomodada, porque me questionei, e percebi que provavelmente também não teria parado.
Um abraço

terça-feira, outubro 23, 2007  
Blogger Odele Souza said...

Isabel,
Vê-se muito essa cena, aí em Portugal, aqui no Brasil e em tantas outras partes do mundo. Mas não é por vermos sempre cenas de pessoas abandonadas na rua e os outros a lhes passar ao lado indiferentes, que vamos nos acostumar a isso, achar que é normal. Normal não é não. Admitir isto como normal seria o mesmo que banalizar a dor, a miséria, o abandono. É preciso condoer-se e sentir um pouco a dor do outro, e sempre que possível, lhe estendermos a mão. Depois de fazermos isso algumas vezes, deixaremos de banalizar a dor para praticarmos o amor.
Um beijo.

terça-feira, outubro 23, 2007  
Blogger Meg said...

Até fiquei sem reacção. O que escreveste sobre a tua experiência é mais do que um soco nas nossas consciências de cidadãos que se supôem solidários... nas palavras talvez.
Porque a que contas é a realidade de um país onde a pobreza atingiu
um patamar que chega a ser obscena, como diz Mandela.
Todos os dias somos com milhões para isto e para aquilo. Para quem?
Que democracia é esta? Ou antes, isto é democracia? Uns cada vez mais ricos e a maioria cada vez mais pobre!!!
Foi para isto o 25 de Abril. Se foi, enganaram-me, porque eu própria não me lembro, gostem ou não do que vou dizer, de ouvir falar tanto de miséria antes desta "espécie de democracia".
Obrigada Isabel, por este valente "abanão"!

Beijinhos para ti

terça-feira, outubro 23, 2007  
Blogger M. said...

Às vezes há um pudor em nós que nos impede de abordar o outro. Somos apanhados de surpresa, ficamos sem palavras, não as temos. Nem sempre é falta de interesse pelo outro, muitas vezes é o respeito pelo outro que nos inibe, o medo de não lhe dizer a palavra certa, o medo de não se ser capaz de adivinhar o outro, o medo de o magoar. É tão difícil a comunicação humana.

terça-feira, outubro 23, 2007  
Blogger despertando said...

Hje vim aqui num saltinho para te convidar a ires ao meu cantinho.
Beijinho grande

terça-feira, outubro 23, 2007  
Blogger un dress said...

o teu olhar ABRE outros olhares.

aProfunda.

rasga e rega por dentrO.




beijO :)

terça-feira, outubro 23, 2007  
Blogger jawaa said...

Não tens de ter vergonha. Todos teríamos (temos!).
Sabes, os sem-abrigo têm as suas motivações, são eles que querem ser assim, levados primeiro até lá por mil razões díspares.
Todos podemos ajudar, civicamente, nos centros de acolhimento, na recolha, na distribuição de alimentos e roupas, na palavra de simpatia que todos precisamos.
Nos nossos locais de trabalho tentarmos ser mais humanos (cumpridores)para com quem trata connosco e eventualmente vemos que precisa de ajuda. Já é o bastante.
É que alguns escolhem viver assim.
Há que respeitar essa opção.
Alguns têm razão.
Um abraço

quarta-feira, outubro 24, 2007  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Como podemos nós desculparmos nos por existirem tantas situaçºoes como esta.

bjinhos I

quarta-feira, outubro 24, 2007  
Blogger Espaços abertos.. said...

as tuas palavras são como um abanão na consciência de cada ser insensível.
Situações cada vez mais repetidas.
bjs Zita

quarta-feira, outubro 24, 2007  
Blogger Je Vois La Vie en Vert said...

Olá,

Li num comentário no blog Tolilo que eras verde de esperança e sendo também verde de esperança e não só , andei à procura do tal verde no teu blog e encontrei muito pouco, fiquei um pouco decepcionada... MAS gostei dos textos que encontrei no teu espaço e posso te dizer para não sentir remorsos em relação ao homem das laranjas porque ele não ficou esquecido porque falaste dele : é um começo : notar a infelicidade que está à volta de nós. O teu próximo passo, de certeza, será outro !
Um beijinho verdinho de esperança

quarta-feira, outubro 24, 2007  
Blogger saudosista do futuro said...

perco-me e volto a
perder-me deliberadamente.


e gosto da sensação.


(eu que tantas vezes
durmo nas ruas sem passeios.

ingreme.



______________________


tu e a palavra. TU.do.


beijo de cá...

quarta-feira, outubro 24, 2007  
Blogger isabel mendes ferreira said...

IN.comentável.



enorme abraço.



e sim. são "laranjas".



____________________.

quarta-feira, outubro 24, 2007  
Blogger Unknown said...

Isabel... tens mesmo a certeza de que não paraste?
Tão real o ele imaginado...
Espero que ninguém o tenha acordado da sua liberdade.
Beijo.

quarta-feira, outubro 24, 2007  
Blogger O Profeta said...

Ignorar o mundo e quem nos rodeia é um acto de presunção bacoco e desprovido de humanidade...


Doce beijo minha querida

quinta-feira, outubro 25, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Tinha saudades de te ler... de ler a minha consciência, mais uma vez escreves o que eu sinto, que estamos num mundo onde cada vez mais somos mais e mais egoístas e egocêntricos. Mas paraste amiga, podes ter a certeza disso.

Beijos com saudades!!!!

quinta-feira, outubro 25, 2007  
Blogger jorge esteves said...

As palvras, essas, são um poema para um homem vulgar, o grito, esse, quando seremos capazes de ouvir?...
Abraço!

quinta-feira, outubro 25, 2007  
Blogger Zorze Zorzinelis said...

Excelente como sempre, não posso dizer outra coisa diferente da do capitão. Sabes que neste ritmo citadino somos concebidos para viver rápido e de coração por embrulhar. Muito bom!

quinta-feira, outubro 25, 2007  
Blogger António Melenas said...

Querida Isabel,
O texto é explêndido, (como sempre), e a tua atitude é comovente, mas se tiveres de pedir desculpa, por situações como a do homem das laranjas e muito, piores, não vais parar de bater no peito em perene acto de contrição.`
É que no preciso momento em que viste o homem caido no chão, e a cada momento do dia, morrem no mumdo milhares de crianças de fome, de disatração, de malária de tuberculose,e, sobretudo, vítimas de maus tratos.
Concordo inteiramente com o que diz a Maria no comentário acima.
A nossa solidariedade tem de ser activa e militantemente organizada.
Não deixo, no entanto, de me sensibilizar com a beleza de alma que tu és e mostras neste teu texto
Beijinhos para ti

domingo, outubro 28, 2007  
Blogger L.Reis said...

Tenho medo...
Se penso...se começo a pensar, sinto-me afogar numa imensa onda...uma maré...
Esta impotência contra todos os males do mundo...
E nem os pequenos gestos do quotidiano chegam...para construir uma jangada.

domingo, outubro 28, 2007  
Blogger APC said...

Este comentário foi removido pelo autor.

domingo, outubro 28, 2007  
Blogger APC said...

Do texto: gostei particularmente da escrita na parte que inclui aqueles "imaginei" todos.

Das laranjas: bem pegado por aí... Esse fruto como metáfora do tanto que ele não tem.

Dos comentários: "E nem os pequenos gestos do quotidiano chegam para construir uma jangada" (L.Reis) - muito bonito!

De mim (para ti): deixei, há tempos, uma resposta a um comentário teu no meu "Erro". Depois tentei dar-te conta disso com um comentário a uma foto tua no PPP. Mas como não sei se chegou, aqui fica! :-)

Por fim: às vezes penso que um dia passa por aqui um cataclismo tão forte, que não mais se distinguirão os que tinham uma casa rica dos que eram desabrigados; os que ostentavam um estatuto superior, daqueles que mal sabem ler; os que gastam sem contar, dos que andam a pedir.
Ver-nos-emos então!...
Por enormes que sejam as diferenças que vão de um ser humano ao outro - a todos - a maiores delas são extrínsecas, porque o sentido de humanidade não se ganha nem se perde em coisas que a força da natureza facilmente pode levar.
Não digo nada com isto, repara. Apenas, que às vezes penso...

Um abraço.

domingo, outubro 28, 2007  
Blogger Elsa Sequeira said...

Palmas pa ti Isabel!!!

Adoro ler-te! Mesmo!!!


beijinhos !!!

domingo, outubro 28, 2007  
Blogger bettips said...

Porque te pensei, cruzada ainda, pelas cores de Outono e as euforias exuberantes de Gaudi. Deixo-te abraços.

segunda-feira, outubro 29, 2007  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Querida Isabel

É um texto fabuloso. dar a mão à "palmatória" no real ou no imaginário________é magnífico!

Bravo:))

Beijinhos com carinho
boaSemana

terça-feira, outubro 30, 2007  
Blogger neva said...

hehe transformar limões em laranjas óptima ideia nunca me tinha lembrado disso

sexta-feira, novembro 09, 2007  
Blogger Desolation Row said...

és genial =)

segunda-feira, novembro 12, 2007  
Blogger Maria Pires said...

isabel como é lindo o seu nome eu tive uma irmã isabel mas morreu e só tinha aquel.gostei tambem do que li no seu blogger.beijo eum xicoração

sábado, fevereiro 16, 2008  
Blogger Maria Pires said...

ola isabel passei no seu blogger e de facto não podemos ignorar beijo

sábado, fevereiro 16, 2008  

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