Começar de novo
A partir de 5ª feira ir-me-ei ausentar, regresso na segunda.
Vou ajudar na “desorganização” da montagem de provas de velocidade e slalom de mais uma volta a Portugal em automóveis Clássicos.
Deixo-vos com o início do II Capitulo da minha história “ Começar de novo”, e com o nascimento da segunda personagem, Ana.
Vou ajudar na “desorganização” da montagem de provas de velocidade e slalom de mais uma volta a Portugal em automóveis Clássicos.
Deixo-vos com o início do II Capitulo da minha história “ Começar de novo”, e com o nascimento da segunda personagem, Ana.
Capitulo II
Ana (excerto)
Sobre mim escrevo eu. Sou assim, orgulhosamente teimosa!
Sou formada em Línguas e Literaturas Modernas e sou escritora.
Duas boas razões para sobre mim, escrever eu.
Tenho tudo:
A profissão que sempre quis e na qual sou bem sucedida.
O que escrevo é bom e vendável, o sonho de qualquer escritor.
Tenho dinheiro, muito.
Uma casa linda e inteiramente decorada por mim.
Adoro viajar e faço-o com a frequência que a minha vontade dita.
Tenho amigos e conhecidos.
Tenho amigos dos bons e conhecidos de todos os géneros, dos bons e dos maus.
Tenho uma família que me adora,
Pai e mãe ainda, o que é uma sorte.
Duas irmãs mais novas que com agrado e alguma preocupação vejo crescerem tornando-se dois seres maravilhosos, cheios de inteligência e bondade.
Tenho 39 anos, sou bonita e dona de um charme característico que sei ainda derrete corações.
Tenho um marido que me ama profunda e apaixonadamente.
Tenho tudo.
Tenho tudo e sou profundamente infeliz.
Não pensem que tenho depressões, que choro, ou me escondo dias a fio fechada num quarto escuro.
Não!
As depressões como-as ao pequeno-almoço, acompanhadas de um daqueles chás carrérimos, de umas torradas de pão escuro alemão, o meu favorito, e de umas divinais compotas caseiras também carérrimas que compro nas melhores charcutarias para me indecentemente me mimar enquanto penso naqueles pobres desgraçados que espalhados pelo mundo morrem de fome.
Sou fria, cínica e hipócrita!
Sou um ser bonito por fora cheio de talento que Deus me deu e não mereço.
Por dentro sou um verdadeiro monstro. E o pior ou o melhor, depende do ponto de vista, é que gosto de ser assim.
Sofro.
Sofro, por isso em silêncio, mas amo-me assim, tal e qual como sou.
Amo este monstro bonito, interessante e encantador.
Esbanjo encanto da mesma forma que esbanjo dinheiro... por isso todos me adoram.
Incrível este mundo, em que monstros como eu são adorados, quase idolatrados.
Sou uma fraude.
Mesmo isto que acabei de dizer e que parece um sincero assumir do meu verdadeiro eu: na verdade não o é.
Ou será?
Estarei a brincar consigo, respeitável leitor?
Será que o respeito?
Honestamente, não me parece.
Por outro lado uma vez que sou incapaz de ser honesta, é possível que até nutra por si algum respeito.
Parece-lhe que estou a brincar?
Ou pior ainda, sente-se literalmente gozado?
Pode ser que esteja apenas a ser irónica, o que já seria mais humanamente aceitável, não lhe parece?
E se estiver a fazer experiências usando-o a si querido leitor como cobaia?
Não lhe agradava ser cobaia para um novo romance, quem sabe um dos tops mais vendidos?
Seria humilhante, ou sentir-se-ia orgulhoso?
E se existisse em mim um outro lado menos monstruoso do qual até pudesse gostar sem se sentir culpado?
E se eu lhe disser que existe um 3º eu?
Escondido num cantinho cheio de sol, bem cá no fundo.
Um 3º eu que odeia os outros dois.
Um ser carinhoso, bondoso, frágil e sensível.
Um ser que um dia espreitou o mundo, e de tal forma lhe doeu o que viu que se fechou para sempre dentro de uma casinha, especial que criei só para ele. Uma espécie de útero materno onde se sente confortável e protegido.
Os outros dois eus vivem no mundo, este vive numa casinha pequena e colorida, onde nunca anoitece e o sol ilumina todos os dias. Esta casa é numa rua escondida, num bairro secreto, ali prós lados do Coração.
E querido leitor, se este terceiro e simpático eu fosse a maior das mentiras. Se eu o tivesse criado apenas para poder falar a vontade dos outros dois, quem sabe mais, os reais, sabendo que por piores que fossem, você querido e respeitável leitor iria sempre gostar um pouco de mim.
Como não depois de saber que lá no fundo, bem no fundo eu tinha o tal simpático e bondoso eu.
E se eu lhe disser que em mim existem mais de três eus?
Acha-me louca ou mentirosa?
E se eu for as duas coisas e ainda oportunista.
Os escritores são uns aldrabões, convença-se disso.
Tal como os psiquiatras, os escritores são jogadores batoteiros, servem-se habilmente das suas mais íntimas emoções, das suas maiores fragilidades, das suas mais profundas angústias para o enganar.
Para o fazer sentir-se compreendido, identificado, menos só.
Ou para lhe aguçar a curiosidade intrigando-o com um qualquer mistério com um propósito apenas: mantê-lo agarrado a um monte de folhas inúteis às quais chama pomposamente de obra literária.
Noutros casos essas folhas deixam-no fascinado encantado por uma vida que nunca teve e sabe que não irá ter nunca.
O aldrabão do escritor também não, tal como o seu leitor também ele conhece esses mundos apenas dos livros e dos filmes… é uma aldrabice em cadeia.
Existe ainda o caso mais grave, o livro que serve para lhe provocar a ambição.
O livro que desperta o lado pior que há em si.
O livro que o vai fazer desejar o que não tem e lutar por isso com uma ferocidade que até ai desconhecia existir dentro de si.
Este tipo de livro é o mais perigoso! Também o mais rentável! Rende ao escritor, aos bancos, as lojas, aos restaurantes, enfim rende a todos menos a si.
E assim, ingénuo e inocente leitor, todo um conjunto de dóceis e sedutores abutres enchem as contas bancárias a sua custa, você não dá por nada e ainda é capaz de defender até ao fim.
Em nome de quê?
Em nome da cultura.
Da cultura que se convenceu que passou a ter desde que foi vitima do maior dos monstros criminosos: O escritor.
Mas sente-se mais feliz assim?
Sente-se mais acompanhado?
Faz a sua vida valer mais a pena?
Dá mais cor a sua vidinha insípida?
Então talvez os aldrabões como nós sejam um mal necessário.
Ou seremos um mal a eliminar para ver se de uma vez por todas é personagem na sua própria vida.
Para ver se vive realmente, em vez de se limitar a viver através dos romances que os monstros como eu escrevem para lhe adoçar a vida.
Para ver se é capaz de fazer algo para a melhorar influenciado pelo seu próprio pensamento e não por seres terríveis como nós. Melhor ainda, tente melhorar a sua vidinha inútil influenciado pela sua bondade natural. Se é que a tem? Se é que alguém a tem?
Assuma isto:
A sua vida não é doce, a sua vida sabe a fel.
Não é o bombom que lhe dou em forma de escrita, depois de uma vida inteira a beber a sua amarga existência que vai mudar nada pois não?
Então mude, caro leitor.
Mas mude sozinho.
Deixe de se deixar enganar por livros e novelas escritas por monstros insensíveis aldrabões e oportunistas como eu.
Comece por deixar de acreditar que é por ler uns quantos livros que se torna culto!
É a sua custa, que eu tenho a boa vida que tenho.
Enquanto o simpático leitor bebe café com leite e come pão com manteiga ao pequeno-almoço para com sacrifício comprar mais um livro, eu tomo um pequeno-almoço de qualidade, saudável e composto de todos os nutrientes necessários a uma boa alimentação e ainda por cima carérrimo.
Compre mais livros meus, sinta-se mais culto… eu adoro!
Eu sei que mesmo lhe estando a dizer tudo isto não me acredita.
Acha impossível alguém ser como eu.
Ainda bem, se eu achasse que acreditava não lho dizia.
Já viu o que eu perdia se me acreditasse?
Já viu que dizer-lhe isto seria brincar com o fogo se admitisse sequer a hipótese de me acreditar.
Podia perder tudo.
Mas não perco.
O Escritor primeiro enfeitiça o leitor e depois pode fazer dele o que quiser.
Graças a si tenho tudo.
Menos uma coisa: felicidade.
Ninguém me pode dar aquilo em que não acredito.
Também ninguém me consegue fazer acreditar.
O meu marido bem tenta, coitado!
Curiosamente, está até convencido que sou quase feliz.
Idiota!
Há uma única coisa que ajudava a que me sentisse melhor: admito!
Vê-lo morto!
Não!
Vê-lo morto era pouco.
Mata-lo isso sim!
Isso seria capaz mesmo que por breves momentos fazer-me sentir algo próximo com a felicidade.
Odeio-o!
Não!
Nem ódio lhe tenho.
Incomoda-me a sua presença.
Incomoda-me desde o início.
Incomoda-me como nos incomoda uma mosca ou um mosquito.
Não lhe damos importância mas é incomodativo e não descansamos enquanto não nos vemos livres do irritante animal.
Ultimamente incomoda-me mais ainda.
Sempre teve a mania que era compreensivo e que me entendia como ninguém.
Pobre idiota!
Não entende nem uma milésima parte de uma de nós quanto mais entender-nos a todas.
Nem eu entendo todas as Anas.
Pensando bem não sei sequer quantas somos na totalidade, vamos surgindo à medida das necessidades.
Idiota!
Agora que frequenta aulas de yoga convenceu-se que atingiu uma elevação espiritual que lhe permite entender-me melhor ainda.
Como é um ser humano cheio de bondade intrínseca, compreensão e ainda por cima espiritualmente elevado, por mais cabra que eu seja com ele,
o atrasado mental trata-me com carinho com ternura.
Com carinho e ternura, imaginem!
Que tédio!
Não tem a mínima ideia de que é um idiota.
Além de todas aquelas características maravilhosas de personalidade que já mencionei ainda se acha inteligente e culto e com uma capacidade de raciocínio fora do comum.
Ridículo!
Irritantemente ridículo.
Só morto!
Imagina-lo morto faz-me sorrir.
Imaginar matá-lo é das poucas coisas que me dá uma verdadeira sensação de prazer.
Casei-me com ele sabendo perfeitamente que era um idiota.
Sempre soube.
Achei que um idiota bondoso como ele me podia ajudar a equilibrar.
Nessa altura eu também ainda não primava pela clareza de raciocínio.
A falta de experiência da vida não me permitia ainda atingir o patamar de capacidade de análise que tornaria de imediato obvio que isso não seria nunca possível.
Quis ser oportunistamente inteligente mas falhei redondamente.
Faltou-me visão.
Visão de longo alcance. Que me fizesse ver que rapidamente deixaria ser tolerável.
Tornou-se intolerável assim que começou a viver no mesmo espaço que eu.
Incomodou-me esta partilha de espaço desde início.
Esta sensação evoluiu com uma velocidade vertiginosa, até inevitavelmente se tornar insuportável.
Hoje em dia evito estar no mesmo espaço que ele.
Quando tem mesmo de ser, deixo lá o corpo e vou-me embora para outro lado.
O idiota continua, claro está, convencido que estou lá com ele mas para mim isso seria impensável.
Quero-o morto!
Achei que a normalidade dele, a sua mediocridade, a sua mediania ajudaria a disfarçar a minha “ loucura”.
Cedo percebi que não necessitava dele para isso.
Cedo percebi que podia e sabia faze-lo sozinha.
Posso faze-lo, sozinha e ser bem sucedida.
Basta que as Anas se saibam controlar e se mostrem apenas de acordo com as conveniências do momento.
Isto aprende-se e eu aprendo depressa.
As Anas agora sabem como agir e como se comportar.
Hoje em dia sei bem cuidar de nós e como fazer para aos poucos alcançar os meus objectivos.
Tenho que arranjar uma que o mate.
Sozinha.
Sem que as outras saibam.
É o mais inteligente.
Todas nós ignoraremos o que se passou. Fá-lo-emos genuinamente pois a verdade é que não sabemos mesmo.
Só ela saberá, a Ana assassina.
(continua)
Isabel
Daniel Costa Lourenço
35 Comments:
Olá
algo me trouxe até ao seu blog e ainda bem que vim.
Gostei demasiado.
Também sou Ana.
Mas ao contrário da sua,não tenho curso algum; só o 9º ano e pouco dinheiro, por isso nunca poderei comprar coisas caras, esta é a verdade!
Gostaria de a vonvidar a visitar a minha modesta casinha que fica ali para os lados de :
www.pauldospatudos.blogspot.com
seja bem vinda!
Ana Paula
correcção: convidar em vez de
vonvidar
:))
Boa "desorganização" :-D
Beijinhos e até sempre!
Olá, mais uma vez vou ter de imprimir para ler com atenção. Mas o que já vi está fantástico!
Dá-nos informação sobre essas provas, adorava tirar fotografias a esses carros, já o tenho feito mas sempre a correr.
Obrigado pelo teu comentário no meu blog! Corres o risco de... eu te convidar para escreveres um texto para mim... quando voltares, depois falamos melhor! Adoro a tua leveza de escrita e de facilidade de expressão e descrição! E acho que já disse que eu costumo ser um bocado exigenet nestas coisas de escrita, o português sempre foi a minha prioridade na escola.
Beijinhos. E bom trabalho!
Ainda não li...
Eu gosto de ler as tuas linhas com uma certa (grande) calma.. e com um estado-de-alma mais sossegado ;)
Mas, como li que só vens na quinta, aproveitei para desejar um bom trabalho e cheio de sorrisos.
***
Continuação de boa semana para ti .
Até 2ª , então.
Beijito.
:)um beijo vagabundo depois de ler este texto...mais um texto em que nos perdemos a ler:)sabe bem...
Isabel
Deixa-me dizer-te que os teus textos (na minha modesta opinião, claro) estão cada vez mais envoltos dento de uma riqueza que cresce de post para post alimentando a curiosidade da próxima vez... e as personagem que vais apresentando são cada vez intrigante e interessantes. Esta é a minha favorita até ao momento, proporciona uma viagem alucinante aos recônditos da mente humana... e expõem muitas verdades de uma maneira fria e crua...
E caso para me voltar a repetir: “... e ficar em suspenso, escondida entre as letras brancas sobre fundo preto e sussurrar: “- Estive aqui. e vou estar a espera do próximo excerto”
Sorriso grande
Muito bem...
Pois, não é de leitura fácil não, quer pelo discurso, quer pela dimensão do texto, quer pelo seu conteúdo.
Mas gostei, aliás, como se pode não gostar?
Essa Ana é sem dúvida o computo de muitas Anas, das Anas que há em nós e em todos. Todos temos um pouco de todos e de tudo, inclusive daquilo ou daqueles que mais detestamos.
Curioso que me fizeste lembrar um poema que tenho sobre o meu eu, dividido entre a corpo e o espirito e o ódio qua cada um tem para com o outro. Não está editado. Qualquer dia faço um post, mas dividido em dois pois é grande.
Quanto a este,uma vez mais, parabéns e até 2.ª então.
Bjos daqui
Eugénio
Um regresso rápido, que queremos mais da história.
bjs
Lindo!
Continuarei a continuação.
Bom descanso.
:)
Olá Isabel!
Puseste-me ansiosa...aguardo prontamente as próximas surpresas...
Bjs.
Vou ficar a aguardar a continuação...
Entretanto digo-te que:
Começar de novo
E contar contigo
Vai valer a pena
Ter acontecio
........
Comecei a ouvir o Ivan Lins e a Simone assim que abri o blogue...
Volta depressa
Olá Isabel
É uma verdadeira viagem - ao mundo destas "Anas" alucinante e incrivelmente fascinante!!!
E tu gostas mesmo de te perderes (e encontrares) no meio das palavras.
Eu sei bem o que isso é - ou seja: é um prazer imenso - único em cada "mergulho" que se dá:)
Beijinhos com carinho
Isabel, vim entregar-te um sorriso antes de ires... mais logo venho para ler, agora o tempo aperta, não, não me refiro á chuva mas sim ao relógio (os ponteiros apróximam-se vertiginosamente um do outro).
Que tudo corra bem
Até outro instante
Cheers
Não tenho jeito nenhum pra isto.
Desculpa lá, mas fui apanhada na "teia".
Vai ao meu blog, sim?
Obrigada
Em que espelho te andas a despentear ?
Existe um paradoxo na personalidade que criaste, essa Ana é demasiado imperfeita para existir. Já agora apresento-te Zèlia Anderson:
http://a-alma-aqui-e-alem.blogspot.com/2005/04/predadora.html
Até já Isabel.
O fim de semana foi bom ;-) ?
Luis Duverge:
Eu adoro paradoxos como lhe chamas, a Ana tambem iria adorar.
A Ana é uma possivel assassina com multipla personalidade. O mundo não esta cheio de assasinos, flizmente mas tem alguns, a maioria parecem demasiado imperfeitos para existirem mas estranhamente ou não existem.
A Ana não é imperfeita, é uma mulher com graves problemas de personalidade que a fez ter graves problemas na vida ou vice versa, escolhe. Criou defesas como todos o fazemos mas ultrapassou os limites.
Que acharias de Hitler ( considerada a pior personalidide da História) se em vez de real fosse uma história que te contasse? Perfeito, imperfeito, possivel, impossivel?
Que acharias de quase todos os criminosos em serie que aparentemente vivem vidas normais e em segredo matam sem o minimo remorso?
Sabes que há espelhos estranhos, que infelizmente nos mostram vidas estranhas mas possiveis... vidas que parecem impossiveis mas que existem.
Fiz voluntariado num lar de terceira idade e ouvi e vi as mais inacreditáveis histórias.
Podia contar-te tantas!
A vida as vezes é mesmo assim, inacreditavelmente imperfeita! Para ver há que estar atento e duvidar sempre e acreditar as vezes.
Já duvidaste agora acredita as Anas existem.
E andam por ai... espero que não te cruzes com nenhuma, mas pensa que talvez eu me tenha cruzado.
Até breve
Isabel
Desorganiza bem mas com cuidado, afinal são clássicos!
beijinho:)
tenho vindo muito tarde e muito cansada. hoje ainda não vou ler, lerei depois
boa noite para si
Boa história! Aguardo a continuação.
Bom trabalho para ti!
Beijinhos
Ausentou-se... a esta hora não mora aqui!
Bem que podias ter deixado a continuação...
Kiss, até outro instante!
Apaixonante, tenho a certeza...
Beijinho!
Esta Ana (pela amostra) tem um currículo notável e deve dar a volta à cabeça a qualquer outra dos personagens da tua história.
Volta dos carros para vermos onde ela (a história) vai parar...
óptimo fim-de-semana!
Olá Isabel
Deixo-te um grande :)))
Beijinhos com carinho
BomFsemana
As Anas, o desabafo, o desafio, a arrogância, a confissão, a frustração. Um conto cheio da natureza humana, o que nos leva também à condição humana (André Malraux).
Gostei da personagem, da sua frontalidade, da maneira como me agrediu e insultou, me desenganou…Promete. Isto para dizer que gostei muito e fico à espera do teu regresso.
Um abraço!
Texto fantástico.
Prende-nos do prinípio ao fim.
De facto obriga-nos a aqui voltar para ler a continuação...
adorei... bom fim de semana
Diluindo-me com a imagem apresentada, entendo... identifico a lógica da inquietação dessas janelas. Realmente, sussurram uma verdade cosmopolita que, neste caso, recebe o título "vodafone". Ora vejamos, um telefone... celular por cada inquietação denunciada. Hum... quem me manda a mim ter memória?! Bom, pelo menos, que não me culpem por existir.
Já o capítulo em si, esse... provoca-me o sorriso a cada parágrafo. É nestes momentos que me sinto (diabólico).
Tu, Isabel... acabas sempre por escrever mais do que realmente é considerado mensurado pela proposição considerada “vítima”. Facilmente, um suposto leitor te arrogará egocêntrica entre outros adjectivos habituais (estrategicamente à boca de semear.)
Minha cara Isabel, eu sou leitor. Tantas e tantas vezes o sou… na antecedência do escritor que não sou. O leitor que tenho é nefasto, obscuro e fatal. Se fosse apenas homem, vestiria as vestes adequadas ao festim que se insinua na intenção… mas aquilo que apenas sou, dispensa a futilidade elementar da própria consequência adjacente e… uso descaradamente a saliva que a minha fenda verbal produz para estigmatizar as chagas que a mim próprio faço cominar.
Neste momento… a leitora és tu. Neste momento, apetece-me um verso, um (dejá vu).
Se olhares cada palavra que lês, olhos nos olhos, tremerás na tua horizontalidade uma coisa chamada “paralelismo”.
[Somos monstros… somos os deuses que condenamos à nascença] e sabe tão bem!
Como vês, de ti exijo muito mais que dinheiro para me leres…
Bem hajas Isabel. (Assim vale a pena).
Desculpa a extensão do comentário antecedente...
Querida Isabel, envio daqui um enorme abraço. Espero conseguir trnsmitir-te alguma energia positiva.
Há dias em que a vida nos parece de pernas para o ar. temos esse direito também.
Mas amanhã é outro dia e tudo passa.
Um beijo grande
Gostei da realidade humana deste conto e gostei da sinceridade desta personagem.
Estou a gostar e já ansiosa por mais capítulos.
Beijo
Brilhante! Não tanto o conteúdo mas mais a forma.
Começo a acreditar.
R.B.
Eu também acredito Isabel... acredito como nunca acreditei antes! Eu movo montanhas... eu movo o meu coração rumo ao meu amor!
Obrigado pelas tuas palavras!
Beijinhos!
Venho aqui apenas para que saibas que li.
Mas não é trabalho que se comente de ânimo leve.
Muito bom é pouco, excelente está melhor, mas não chega.
Não me preocupo que me aches imbecil, que penses que venho aqui à procura de ilusões ou consolo para a minha vidinha de merda. Tão pouco me incomoda que ganhes muito à custa de quem te lê. Não minha amiga, seria enfadonho comentar aqui o teu texto, com a profundidade que ele merece. Já sei que sou um simplório, que se deixa ir nas tretas da tua conversa. Tudo o que quiseres, mas que o te texto é bom é e tu, ela, vocês, sabem disso.
Eu também sou um aldrabão. Mas por cobardia, por falta de coragem, por medo de magoar terceiros, pessoas boas, normais tal como o teu marido, que não merecem ser maltratados e não tem a mínima possibilidade de nos compreender. Por isso, escrevo os meus contozinhos de merda no blog, porque não tenho a coragem de acabar um conto (um livro) que há anos está encravado por falta de coragem para ser honesto. Para escrever fantasias, ficaria a soar a falso o que não interessaria a ninguém.
Considera-te como quiseres, faz de ti a avaliação que entenderes, gostaria a penas de dizer que, não és a única, mentirosa, velhaca, assassina e sei lá que mais. Comigo já somos dois. Tu confessas, eu disfarço é apenas uma diferença de estilo.
Mas acredita, por muito nojentos que sejamos; eles, os outros, precisam de nós. Pois ainda lhes podemos proporcionar o alento baseado no sonho, na angústia, na revolta, no deleite na ilusão, de que necessitam para sobreviver neste complicado mundo de sentimentos.
Por isso querida amiga, se te serve de consolo – que esta ideia te faça, nos faça, sentir menos reles do que realmente somos.
Beijitos.
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