quinta-feira, novembro 15, 2007

Uma história de medo e liberdade

Esta história contou-me uma gata já velhota com quem costumo ter longas conversas:

Andava um grande e fortalhaço gato vadio, vadiando por aí, nas suas andanças de gato sem dono, quando ao saltar para o varandim de uma janela deu de caras, que é como quem diz, deu de focinho com bico, com um pequeno e frágil passarinho dentro de uma gaiola.
Todos os animais reagem por instinto mas este gatarrão por se tratar de um gato vadio de nascença tinha o instinto natural em estado puro. O seu instinto dizia-lhe que tinha muita
fome que aquele passarito apesar da aparência frágil seria suficiente para lhe acalmar a dor no estômago pelo menos por mais um dia.
Deu duas voltas à gaiola com passo lento de felino.
Mirou o pássaro com ar guloso enquanto lambia os beiços.
Astuto bastou-lhe mais uma volta à gaiola para descobrir a porta.
Parado em frente à entrada da gaiola olhou para o passarito e o seu estômago roncou ruidosamente fazendo o gato pensar que tinha de descobrir rapidamente uma maneira de abrir aquela porta para devorar o periquito azul e assim por fim à terrível sensação de fome.
Dentro da gaiola o passarinho tinha petrificado de pavor. Parecia uma estátua sem vida, Totalmente estático em cima do poleiro. Apenas um movimento era visível, as penitas azuis claras do seu peito agitava-se para cima e para baixo deixando adivinhar a força com que batia o seu pequeno coração.
O gato, por ser gato, não prestou a mínima atenção ao medo do pobre passarito.
A sua atenção estava centrada em matar a fome e acabara de encontrar alimento, isso era o que realmente lhe importava.
Vou conseguir abrir esta porta e é já!Pensou confiante.
Ou eu não me chame Minhanhinhau, se não abro esta porta num piscar de olhos!
Assim pensou melhor o fez, levantou a sua grande pata e deitou a gaiola ao chão.
Tomado pelo pânico o passarito desatou a esvoaçar como um louco batendo de um lado para o outro contra as grades da gaiola.
O gato que até era um gato já vivido nunca tinha visto nada assim.
Olhou o passarito com ar incrédulo e perguntou-lhe:
Olha lá o bicharoco das penas, que parvoíce é essa que estás a fazer?
O pássaro não respondeu e continuou pumba, catra pumba contra as paredes da gaiola mostrando-se cada vez mais agitado.
Miau! Berrou o gato:
És surdo, ou quê ó pitéuzinho bom?
Que raio de coisa é essa que estás a fazer, praí a bater feito tonto com a cabeça nas grades?
Responde ó ave rara!
Se não respondes imediatamente como-te já.
Ouviste?
Olha que é já mesmo!
Responde imediatamente. Disse o gato ameaçador.
Com medo de ser de imediato comido o passarinho lá voltou a pousar no poleiro e tremendo como varas verdes lá soltou um piu muito sumidito do pequeno bico amarelo:
Piu, piu. Tenho medo! Tenho muito medo que o Sr. Gato me coma.
Olha lá para mim. Disse o gatarrão enchendo o peito de ar.
Olha-me bem, meu minorca!
Então tu achas que eu tenho focinho de parvo ou quê?
Quer dizer, tens medo que eu te coma e a tua solução é partires-te tu todo contra as grades da tua casa. E estás à espera que eu acredite nisso?
Piu, piu, mas é verdade. Respondeu o passarinho com as penas caídas, a cabecita para baixo e o ar mais honesto, amedrontado e infeliz do mundo.
É pá, é pá, prontos, já vi tudo, és um medricas, um bichinho da dona e perdes completamente a cabeça quando algo te assusta, não é o meu pirralho azulado?
Hehehehe! Ria o gato.
Hehehehe! Tanto riu que acabou rebolando no chão com as patas agarradas à barriga que já lhe doía de tanto se rir.
És um daqueles tótos que conta com a dona para tudo e não te sabes safar de nada sozinho não é?
Aposto que já nasceste nesse espaçozito, todo bonitinho mas minúsculo não? Perguntou.
Já, já nasci aqui, não conheço mais nada, nem nunca sai desta casa. Disse o pássaro envergonhado.
Olha lá ó tigelinha de alpista e que nome tens tu? Perguntou o gato.
O meu nome é Azulinho. Respondeu o periquito.
O teu nome é o quê? Miou o gato com os olhos muito abertos de espanto.
Azulinho!
Azulinho!
Azulinho! Repetiu.
Ai, desgraçado!
Ai, coitadito!
É pá com um nome desses só podias mesmo ser um passarito todo bétucho.
Hehehehe! Deixa-me rir antes que me esqueça. Gargalhava o gato engasgando-se de tanto rir.
Azulinho!
Heheheheh!
Olha lá ó azulinho, vê lá se te acalmas, qu’é para ver se conseguimos ter aqui uma converseta, ok? Disse o gato.
Respiras fundo e tal, essas coisas que se fazem para um gajo se acalmar está bem? Disse o gato tentando ser atencioso.
Eu estou a tentar acalmar-me, juro, mas promete que não me comes, por favor. Promete que não me comes, prometes? Pediu o passarito.
Não prometo nada, népia, neribi, era só que faltava.
Sou gato e o natural é comer-te.
Até já o devia ter feito em vez de estar para aqui a tagarelar feito gata com um passareco de meia tigela, mimado e artolas.
Nem me estou a reconheceu, ouviste ó patareco.Mas estás-me a dar pena, tás a ver?
É estranho, mas já nem apetitoso me estas a parecer. Miou o gato zangado consigo mesmo.
Ouves o meu estômago a roncar? Perguntou.
Ouço sim, coitado de ti, tenho muita pena. Respondeu o passarinho.
Pois este barulho é fome! Informou o gato.
Coisa que tu minha coisita mimada nem deves saber o que é.
Sabes quando foi a minha última refeição?
Eu digo-te. Foi ontem de manhãzinha, os restos da papa de um miúdo mimado como tu que tem tudo do bom e do melhor mas teima sempre que não quer comer, imagina.
A mãe bem tenta, mas ele cospe, deita fora, faz birras, uma verdadeira vergonha!
Claro que muitas vezes é a minha sorte.
A minha e de outros como eu.
E olha que há praí muito gato esfomeado.
E não é só gatos.
Também há muitos cães e cada vez mais pessoas.
A mãe do puto, coitada, vem sempre toda chorosa deitar os restos num caixote do lixo que fica no pátio da casa, eu que já topei isso vou lá regalar-me.
Bem boa aquela papa.
É feita com leite e é muito docinha.
Não entendo porque é que o miúdo nunca come a papa toda.
É como tu, não sabe o que é ter fome.
Se passasse fome um dia ia ver como é bom ter de comer.
Ainda por cima comidinha boa e dada pela mãe, uma senhora tão bonita e simpática e que parece gostar tanto dele. Disse o gato revelando alguma tristeza.
A tua mãe não te dava comida? Perguntou o passarinho.
Não, não dava. Respondeu o gato.
Ou melhor, deu enquanto pode, mas foi pouco tempo.
A minha mãe morreu envenenada por um casal de pessoas más que não a queriam lá no quintal deles, ela coitada só queria um sítio seguro para me ter a mim e aos meus irmãos. Nascemos 7 mas o mais pequenino morreu logo.
Ainda mamámos o leite bom e quentinho da minha mãe uns dias mas depois os donos da casa descobriram a nossa família e envenenaram a minha mãe e atiraram-nos a nós, os 6, para um terreno baldio. Devem ter achado que morríamos de frio e fome e assim nem tinham o trabalho de nos matar.
Mas os gatos tem 7 vidas sabes?
Lá nos fomos desenrascando até aparecer um gato mais velho que nos ensinou a caçar ratos e a procurar no lixo das casas mais ricas as coisas boas que eles deitam fora.
E como vez cá estou. Não sou gordo porque não como muito, mas muito forte e elegante.
As gatas gostam de mim por causa disso.
Levanto bem o pescoço e ando assim, tás a ver?
Olha para isto. Dizia o gato enquanto se punha a andar de um lado para o outro todo pomposo.
Sei que tenho uma bonita postura.
E sou muito corajoso.
Luto pelas gatas com unhas e dentes sempre que é preciso.
As gatas adoram isso. Disse o gato voltando a fazer pose.
Olha lá, já vi que és um gato bom e corajoso mas és muito vaidoso. Riu o passarito.
Claro que sou! Respondeu o gato também a rir.
Se eu não me achar o maior as gatas também não vão achar, é ou não é ó peninhas?
Sei lá se é. Disse o passarinho.
Não sei nada de gatas, nem sei de periquitas quanto mais de gatas.
Eu nasci nesta gaiola e também estive pouco tempo com a minha mãe. Um dia levaram a minha mãe e os meus irmãos e deixaram-me aqui sozinho. Nunca mais vi nenhum periquito e tu és o primeiro bicho que vejo. Só sei que és um gato porque já tinha visto outros como tu naquela caixa chamada televisão e ouvi os miúdos cá da casa apontarem e dizerem que era um gato.
E tu já tinhas visto um periquito? Perguntou o pássaro curioso.
Se queres que te seja sincero, até já comi um, são bons vocês, não tem muito que se coma e dá trabalho livrarmo-nos de tantas penas mas lá que são saborosos são, um verdadeiro pitéu.
Ai, meu Deus? Disse o passarinho voltando a perder a calma
Se comeste e gostaste tanto também me vais comer a mim.
Calma ó medricas emplumado! Eu não matei o outro.
Encontrei-o morto e comi-o só isso.
Não se pode desperdiçar comida.
E se comesse era mais que natural, os gatos comem pássaros.
Mas se queres que te diga com esta converseta toda já não te vou conseguir matar a ti.
Já quase gosto de ti, meu lingrinhas azulado.
Sabes, se calhar vou ser teu amigo e soltar-te, assim ficas livre e podes voar, queres?
Ah, eu livre?
Eu a voar por ai?
Eu?
Ai, meu Deus, não sei.
Eu gostava mas tenho medo! Disse o passarinho.
O quê? Tens medo de ser livre e voar?
Mas que raio de pássaro és tu?
Para que queres então as asas?
Não é para voar que servem as asas?
Não estou a entender?
Olha, eu quem me dera ter asas e poder voar. Disse o gato com olhar sonhador.
O que eu não fazia!
Lá de cima via tudo muito bem, podia ver onde havia comida e nunca mais passava fome, podia conhecer outras gatas sem ser estas daqui das redondezas, podia fazer mais amigos, podia voar para sítios quentes quando aqui faz frio e nunca mais ia dormir encharcado praí num buraco qualquer, podia partir à aventura e conhecer sítios novos, novas paisagens, arranjar novas brincadeiras.
Quem me dera ter asas como tu e poder voar.
Mas és livre! Piou o passarinho.
Pois sou. Completamente livre e não trocava a minha liberdade por nada.
Tu também podes ser livre, ó escanzelado. Eu ajudo-te.
Abro-te a porta para puderes fugir e depois já podes voar em liberdade.
É só descobrir como se abre e solto-te já. Depois ponho-me a andar que tenho de procurar algo para matar a fome, já que não te vou comer a ti não é, meu azulinho dum raio.
Vamos mas é descobrir como se abre esta coisa.
Espera.
Espera aí. Pediu o passarinho.
Eu não sei se quero ser livre assim dessa maneira.
Se eu for livre quem é que me dá comida?
Quem é que me põe água fresquinha todos os dias?
Quem é que me dá uma casa para me abrigar do frio?
Quem é que me faz um ninho para eu ter filhotes?
Ninguém meu! Respondeu o gato.
Ninguém, claro!
Tens de te desenrascar sozinho.
Mas isso parece ser muito difícil! Piou o passarinho.
Claro que é difícil. Muito difícil, mesmo.
Mas quem é que te disse que ser livre era fácil?
Não é nada fácil mas é muito bom.
Nada se compara à liberdade.
É a única coisa que faz sentido.
Mas só para alguns, pelos vistos.
Sabes Azulinho, eu acho que tu tens asas mas é como se não tivesses.
Nasceste numa prisão e vais ser sempre prisioneiro.
Tens medo da liberdade.
Tens asas mas não queres voar.
O medo é de chumbo, sabias?
De nada te servem as asas quando o peso do medo não te deixa voar.
Tens razão. Disse o passarito com olhos cheios de tristeza.
Mas eu não tenho a tua coragem.
Gostava de ser como tu mas não sou.
Pois não. Disse o gato.
Não és nada como eu.
Somos todos diferentes.
Tu hoje pudeste escolher a liberdade e escolheste ficar prisioneiro.
É a tua escolha. E eu não entendo mas respeito.
Mas quero que saibas que há quem nunca tenha podido escolher, sabias?
Eu nunca sonhei ter essa escolha. Piou o passarito a choroso.
Desculpa, não sou capaz.
Tenho medo.
Muito obrigada gato.
Foste um grande amigo não só não me comeste como ainda me querias soltar. Eu é que sou mesmo um parvo!
Vá, vá, pára lá de te lamentares da tua cobardia, eu prometo que cada vez que passar por aqui venho contar-te histórias do mundo, queres? Perguntou o gato.
Adorava, adorava mesmo. Piou comovido o passarinho.
Antes de ires diz-me como te chamas, ó amigo gato.
Chamo-me Minhanhinhau, amigo azulinho.
Vá gora tenho de me pirar e ir procurar comida, estou mesmo esfomeado.
Adeus, meu lingrinhas medricas.
Adeus, gato forte e corajoso.
O passarito levantou a asa para lhe acenar.
O gato sorriu tristemente.
Pensou que aquela pequena asa nunca saberia o que era voar.
Saltou do varandim e desapareceu voando.


A gata minha amiga conta que o gato, até um dia morrer atropelado, voltou sempre para contar as suas aventuras ao passarinho.
Nunca conseguiu entender porque dava Deus asas a quem não queria voar, mas amava tanto a liberdade que não queria deixar de partilhar um pouco da sua com o seu amigo pássaro, eternamente prisioneiro do seu próprio medo.
Por um lado consolava-o saber que ao menos aquele passarinho tinha podido escolher, por outro entristecia-o pensar que ele escolhera não aproveitar a hipótese de ser livre.
A minha amiga gata contou-me esta história para me explicar que só consegue ser livre quem tem uma vontade de liberdade mais forte que a força do medo.
Eu ouvi a história e concordei.
Era sábia e livre a minha amiga gata.
Quanto a mim, cá estou, ainda a aprender a não deixar que o peso do medo me impeça de voar.

Helena Isabel Ponce







































58 Comments:

Blogger Maria said...

"O medo é de chumbo, sabias?"
Deliciosa a estória, Isabel, como é habitual...
O que tu vais buscar para nos dizeres que "ainda estás a aprender a não deixares que o peso do medo te impeça de voar..."

Abraço-te. Solta-te. Largo esse "saco de chumbo" que ainda anda por aí, e Vive!!!

Beijo, sem medo, com toda a liberdade

sexta-feira, novembro 16, 2007  
Blogger Frioleiras said...

Este comentário foi removido pelo autor.

sexta-feira, novembro 16, 2007  
Blogger Frioleiras said...

detesto gatos...........
completamente!

sexta-feira, novembro 16, 2007  
Blogger eduardo jai said...

Entre o sorriso e o sério há apenas um bater de asas e li como uma criança que assiste e espera o desfecho de um (não) eventual salto felíneo.

Gostei, gostei mesmo.


Um dia BOM.
:)

sexta-feira, novembro 16, 2007  
Blogger isabel mendes ferreira said...

amo gatos.


completamente. alías tenho uma gata....que é lindérrima...:)


mas vinha
dizer-te I. que eu sim é que te agradeço a constância...e a atenção que me tens dedicado.

muito e muito.

_______________vou andar um pouco "desaparecida"...
mas espero voltar.

beijo.TE.


(a invejar...essa capacidade de contar verdades contando histórias).

__________________sempre. a ler-te.

sexta-feira, novembro 16, 2007  
Blogger bettips said...

Pássaro azulinho a quem um gato de mole coração conta histórias. Gatos com asas. Adoro. Sabes bem o quê. Bjs bonita alma!

sexta-feira, novembro 16, 2007  
Blogger bettips said...

Completamente: da Maria, da IMF(mas também gosto da frioleiras...), das Isabéis cruzadas. Das gatas/gatos vadios, nocturnos e que miam à lua. Dos donos e donas. Dos que escrevem, com garras ou com ternos miados. Gatos macios. Gatos bravos. Na altura não tinha a gatinha e o meu periquito andava solto. A tua criança que há, sorriu. Bj

sexta-feira, novembro 16, 2007  
Blogger Gi said...

O medo , nos pássaros, nos gatos, nas pessoas é a raíz de todos os males. Para eles e para os outros, por vezes não voam mas também não deixam os outros voar.
Tomara que todos os passarinhos auis tivessem gatos amigos como esse que lhe incutissem força, às vezes basta só um empurrãozinho, como as mães pássaro fazem aos filhotes no ninho, para que o salto para a liberdade seja dado.

Uma ternura a tua história.

umbeijinho

sexta-feira, novembro 16, 2007  
Blogger Elvira Carvalho said...

Uma história de gente protagonizada por animais como uma fábula. Li encantada embora deteste gatos. Este até foi simpático. Numa coisa estamos de acordo. Não há liberdade que resista ao medo.
Um abraço e bom fim de semana

sábado, novembro 17, 2007  
Blogger un dress said...

não vivo sem gatos...sem toda a arca de noé, aliás...:)


tudo o que diz a gi aí abaixo

...o medo inventámo-lo...

subscrevo!!



miaU.............................!!



beijO

sábado, novembro 17, 2007  
Blogger Haddock said...

sempre hábil nas palavras, isabel.
novidade, esta narrativa efabulada, mesmo com protagonistas que não os os meus preferidos do reino animal.
uma fábula a contraditar aquela outra do elefante e do escorpião...

abraço.

sábado, novembro 17, 2007  
Blogger Simplicitas said...

Uma delícia de ler!Que bela homenagem ao ser e à liberdade :)

domingo, novembro 18, 2007  
Blogger despertando said...

Que história linda, adoro gatos, ja tive uma gata que morreu muito velhinha, mas essa não teve mesericórdia dos 2 piriquitos lá de casa, um dia zás, quando cheguei a casa eram penas por todos os lados e debaixo da minha cama..... que horror, la estava a cabecinha de um...
Do outro nunca vi vestigios, por sorte preferiu ser livre e passar maus bocados a procura de comida, do que ser um pitéu para a gata.
Agora tenho dois caes, e assim ja posso ter uma gaiola cheia de passaros.
Estou a espera de mais 5 que ja estao la os ovos no ninho.
Obrigada pelas tuas historias.
Beijo meu

segunda-feira, novembro 19, 2007  
Blogger M. said...

Deliciosa história.

segunda-feira, novembro 19, 2007  
Blogger Brain said...

Eu li a história.
E também concordei.

Beijo.

segunda-feira, novembro 19, 2007  
Blogger António Melenas said...

Oh, Isabel, esta fábula sobre o valor supremo e isubstituível da liberdade ^por parte de alguns gatarrões (que são excepção) e a acomodação de outros (que são a mioria)às benesses de uma situação estável, está "demais da conta" como dizem os nossos irmãos brasileiros.
Essa tua imaginação!
Gostei
uma abarço grande

segunda-feira, novembro 19, 2007  
Blogger Cusco said...

Olá..Gostei deste teu Zorbas..

Beijinho!

terça-feira, novembro 20, 2007  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Adorei!

Um ronron para ti!

bjo

terça-feira, novembro 20, 2007  
Blogger Manuel Veiga said...

excelente metáfora. actualíssima...

quarta-feira, novembro 21, 2007  
Blogger jawaa said...

Tu a escrever, Isabel, és uma força da natureza. Li tudo, tudinho, até ao fim, dum fôlego.
Pois é preciso ter cuidado com a liberdade, acho o Azulinho muito sábio - e a verdade é que o Minhau o reconheceu, afinal.
Conheces «La chèvre de M. Séguin»?
Se tivesse tido medo não teria gozado aquele dia maravilhoso que lhe encheu a vida. apenas morreu mais cedo, mas todos sabemos que isso acontece um dia. Que importa?
Um abraço forte

quinta-feira, novembro 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Não precisamos de asas para voar, concordo amiga, só o medo nos impede de voar. Gostava de conhecer a tua gata, de certeza teria muito para me ensinar.

Beijos para ti e Miguel.

quinta-feira, novembro 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Pelo amor de qualquer-entidade-supra-religiosa! Pseudo-escrita e, pior, pseudo-síntaxe.

sexta-feira, novembro 23, 2007  
Blogger Pierrot said...

EXTRORDINARIO
As vezes sinto-me o minhauminhau
Outras sinto-me o azulinho...
Amei
Adorei
E como eu adoro gatos e passaros...
Eugénio The Pierrot

terça-feira, novembro 27, 2007  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Para ti boa semana.bjo

domingo, dezembro 02, 2007  
Anonymous Anónimo said...

E passou por cá outra gata para ler uma história de liberdade... por isso eu ando sempre a saltar telhadinhos... hihihi

Beijoca da gata

domingo, dezembro 02, 2007  
Blogger bettips said...

Como estarão os meus passarinhos? Já Dez. Bjs

segunda-feira, dezembro 03, 2007  
Blogger despertando said...

Vim deixar saudades.
Beijinho para ti

quinta-feira, dezembro 06, 2007  
Blogger Haddock said...

por onde andas, isabel?

sábado, dezembro 08, 2007  
Blogger bettips said...

Preocupo-me pelos dias adentro.
Bj

domingo, dezembro 09, 2007  
Blogger K said...

Que não haja medo...pois os instinto de ser livre prevalecerá!

domingo, dezembro 09, 2007  
Blogger Vb said...

Beijinho para ti..

segunda-feira, dezembro 17, 2007  
Blogger Egrégora said...

Isabel, confesso que há muito que não aqui vinha mas já diz a sabedoria popular "o bom filho á casa retorna".
Espero-te bem.
Beijos**

terça-feira, dezembro 18, 2007  
Blogger Pepe Luigi said...

Belíssima história que me preencheu a alma.
Aproveito para desejar um Feliz Natal e um Bom Ano de 2008.

quarta-feira, dezembro 19, 2007  
Blogger Elvira Carvalho said...

UM ABRAÇO. UM BOM NATAL E UM 2008, QUE LHE TRAGA A REALIZAÇÂO DOS SEUS SONHOS

sábado, dezembro 22, 2007  
Blogger Desambientado said...

Há brilho nos pinheiros,
Como candeeiros,
Para imitar as estrelas,
As cores não são delas:
São escapadelas,
Fugazes e belas.
Que tragam:
Um Feliz Natal
Descomunal…

Félix

sábado, dezembro 22, 2007  
Blogger Serenidade said...

“Oh, oh, oh, trago aquela prenda que mais precisas,
muito amor e calor pró teu coração!
O bom presente é aquele que tem emoção!

FELIZ NATAL:)

VOTOS SERENOS DA SERENIDADE

SERENOS SORRISOS COM PERFUME A CANELA

domingo, dezembro 23, 2007  
Blogger O Profeta said...

Para ti que me visitaste
Ao longo destes poucos meses
Ofereço-te uma prenda singela
Uma estrela de mil cores

Roubei-a ao firmamento
Deposito-a na tua mão
Para que neste Natal
Te ilumine o coração

Um Santo e Mágico Natal


Doce beijo

domingo, dezembro 23, 2007  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Feliz Natal!

bjinho grande

domingo, dezembro 23, 2007  
Blogger Cusco said...

Olá
Para ti e todos os teus familiares e amigos e deixo os meus votos de felicidades paz e amor. Para todos fica o meu desejo de um Santo e Feliz Natal e que Deus, te continue a inspirar, te segure na mão e te guie de encontro à felicidade...
Um grande beijo
FELIZ NATAL

segunda-feira, dezembro 24, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Minha querida, não podia deixar passar este dia sem te vir desejar um Santo e Feliz Natal para ti e todos os teus, com saúde e muito amor. Beijos e abraços grandes para vocês!!!

segunda-feira, dezembro 24, 2007  
Blogger Aldina Duarte said...

Festas Felizes
Assim na Terra
Como no Coração!

Até sempre!

terça-feira, dezembro 25, 2007  
Blogger Manuel Veiga said...

os melhores votos de BOM ANO de 2008

abraços

sábado, dezembro 29, 2007  
Blogger mafalda said...

Votos de um excelente 2008!
Beijos.

segunda-feira, dezembro 31, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Para ti que conheci e aprendi a gostar, desejo-te um Ano Novo cheio de paz e amor e tudo o que mereces. Feliz 2008. Beijocas

segunda-feira, dezembro 31, 2007  
Blogger Tiago Nené said...

li este texto todinho! mt belo!


bom blogue, helena. mts parabens:)

Tiago
(www.tiagonene.pt.vu)

Bom 2008!

terça-feira, janeiro 01, 2008  
Blogger Maria said...

Bom Ano de 2008!!!
Não sei se estás na Bahia, mas já sinto a tua falta....

Beijos, Isabel

terça-feira, janeiro 01, 2008  
Blogger miruii said...

Gata linda e sabedora da vida...!
Bom ano de 2008!

quarta-feira, janeiro 02, 2008  
Blogger david santos said...

Feliz Ano Novo!

quarta-feira, janeiro 02, 2008  
Blogger bettips said...

Que se vá o medo.
E fique a Liberdade.
Querida.
Bj

quinta-feira, janeiro 03, 2008  
Blogger Capitão-Mor said...

Agradeço a tua passagem pelos trópicos! Volta sempre...
Se quiseres informações sobre o Brasil adiciona-me através do MSN: pmsferreira@aeiou.pt ou envia-me um mail para pmferreira32@gmail.com
Abraço

quinta-feira, janeiro 03, 2008  
Blogger Mr. Lynch said...

Isabel;
Achei a tua história bastante interessante e ternurenta.
Adoro felinos. Sou o "irmão" de uma gata (a minha Maria Alexandrina) e "pai" de mais uns quantos gatos que habitam pelas redondezas da minha casa.
Feliz ano novo.
*

quinta-feira, janeiro 03, 2008  
Blogger despertando said...

Já começo a sentir a tua falta.
Bom Ano.
Beijo

quarta-feira, janeiro 09, 2008  
Blogger Amla said...

entre a metáfora e a alegoria nos falas e encantas. E é verdade. O medo tolhe e os ditadores e afins só existem na medida em k o medo nos tolhe e deixamos de voar, de agir. Até de pensar.
E ter um ou uma gata k partilha a sua felina sabedoria conosco não é coisa pouca.
Bj
Bom 2008 cheio de luz e paz ao teu redor

quinta-feira, janeiro 10, 2008  
Blogger poca said...

costumo dizer que a minha vontade de chegar.. é maior do que meu medo de lutar. às vezes. nem por tudo.

sexta-feira, janeiro 18, 2008  
Blogger Cusco said...

Olá!
Obrigado por todas as visitas que ao longo da existência deste blog me fizeram.
Se quiserem passem pela minha casota.
Vou apresentar-vos o meu dono.
Obrigado!

sábado, janeiro 19, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Todos os dias venho ver, mas... já lá vai muito tempo e... Isabel nada.
Silvestre

segunda-feira, janeiro 21, 2008  
Anonymous Anónimo said...

...

....
...........oh dulcíssima...

que te digo?
adoro.te.


volto .... na volkta do correio...

beijos.


.piano.

terça-feira, janeiro 22, 2008  
Blogger uivomania said...

Pertinente, esta excelente estória. Boa para adormecer e também para acordar.
Até sempre.

terça-feira, janeiro 29, 2008  

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