sexta-feira, setembro 15, 2006

Quando eu morrer

Fotografia de Scott Stroka
Balada da morte

O meu maior amigo
é o meu amor
quando eu morrer
o meu amor vai cantar
quando eu morrer
o meu amor vai cantar
baladas de sonhar
pra no sono da morte
me embalar
quando eu morrer
o meu amor vai cantar
com sua voz triste e doce
vai ao céu
pra me levar
quando eu morrer
o meu amor vai cantar
bebendo as lágrimas da saudade
cantará
para me guiar
Quando eu morrer
o meu amor vai cantar
cantará como um abraço
e é cantando
que me irá
chorar
Isabel ( para o Miguel, o meu amor e melhor amigo)
A meu maior amigo
Quando eu morrer, eu sei, tu escreverás
Triste soneto à morte prematura;
Dirás que a vida cansa em amargura
E, pálido e frio, tu me cantarás.
Nas quadras, reflectido se lerá
De como, vã e breve, a vida expira
E como em terra funda, dura e fria,
A vida, má ou boa, acabará.
A seguir, nos tercetos, tu dirás
Que a morte é mistério, tudo fugaz,
Verdadeira, talvez, a vida além.
Por fim porás a data, assinarás.
E, relido o soneto, ficarás
Contente por tê-lo escrito bem.
Alexander Search
( gosto muito deste poema, é encantadora a ironia que contém)
"Campanário"
Altair Câmara

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

muito bonito
"cantarei até que a voz me doa"
amo-te mil beijos

sexta-feira, setembro 15, 2006  
Blogger Vanda said...

Para que cantar a morte se a vida ainda é uma doce sinfonia?

Bom fds cheio de vida!

Van

sexta-feira, setembro 15, 2006  
Blogger Embryotic SouL said...

Poema comovido...amor sentido.Gostei e voltarei...

sexta-feira, setembro 15, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Simplesmente lindo!
O amor também se canta...

Um beijo soprado

sexta-feira, setembro 15, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Amor é o olhar total,
que nunca pode ser cantado nos poemas ou na musica,
porque é tão-só próprio e bastante,
em si mesmo absoluto tátil,
que me cega,
como a chuva cai na minha cara,
de faces nuas,
oferecidas sempre à água.

sexta-feira, setembro 15, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Amor é o olhar total, que nunca pode


Amor é o olhar total,
que nunca pode ser cantado nos poemas ou na musica,
porque é tão-só próprio e bastante,
em si mesmo absoluto tátil,
que me cega,
como a chuva cai na minha cara,
de faces nuas,
oferecidas sempre à água.


Fiama hasse Pais Brandão

sexta-feira, setembro 15, 2006  
Blogger veritas said...

Olá Isabel!

Cá estou a descobrir o teu cantinho. Gostei muito deste poema. Não o conhecia. Tem um bom fim de semana.

Bjs.

sexta-feira, setembro 15, 2006  
Anonymous Anónimo said...

se amar fosse pecado o ceo estaria vasio e o inferno estaria lotado

esse e um poema q minha amiga me contou bj para minha amiga kamilla

terça-feira, novembro 23, 2010  

Enviar um comentário

<< Home