terça-feira, maio 15, 2007

Começar de Novo

Ana da Força

O meu nome é Ana. Sobre mim escrevo eu.
Foi assim que comecei a minha participação neste livro.
Com a minha arrogância habitual.
Por esta altura, imagino que quem me leu já tenha passado por um misto de sentimentos a meu respeito.
São assim os leitores… a maioria, pelo menos!
Confusos, sensíveis, manobráveis e sempre prontos a desculparem tudo e todos… até as cabras como eu.
No início foi mesmo isso que me devem ter considerado: uma verdadeira cabra!
As verdadeiras cabras, suscitam sentimentos de ódio, de raiva, de paixão mas nunca de indiferença.
Uma cabra como deve de ser consegue sempre ser a mais interessante das personagens.
Não é por acaso que os actores têm preferência por serem os maus da fita, em vez dos bonzinhos e normalmente mais enjoativos e menos intrigantes.
As cabras, os malandros, os sacanas, os canalhas têm o dom de aguçar o lado mau que existe em todos nós e que raramente admitimos.
Frequentemente delicio-me a escutar por aí os comentários que se fazem a este tipo de personagens, e não posso deixar de sorrir.
Um sorriso carregado da minha arrogância habitual, de alguma ironia e de tristeza também.
Caso não saibam, nós as cabras, também temos momentos de tristeza.
Momentos até de extrema e penosa tristeza, no caso particular desta cabra que sou eu.
Ouço-os para aí opinar o quanto as ditas personagens são interessantes e polémicas.
Observo-os por aí dedicados à análise do desenvolvimento das suas personalidades, considerando-o sempre surpreendente, tudo isto, obviamente, não colocando nunca em causa a elevada e qualificada capacidade de analisar de que se julgam afortunados possuidores. Capacidades e qualificações indiscutivelmente merecidas dada a quantidade, essa sim verdadeiramente surpreendente, de novelas, filmes e livros de má qualidade que vão papando e querem continuar a papar clamando sempre por mais e mais e mais.
Manhosamente cobardolas é o que são, esquecem-se de admitir que é uma maneira confortavelmente cobarde de assistir, sentadinhos no sofá, a um pouco do mal que todos nós gostaríamos de fazer e para o qual não temos coragem.
É uma forma medíocre de serem também, um bocadinho mauzinhos sem se sentirem como tal, evitando assim a culpa e risco que os verdadeiros maus não deixam de correr.
Agrada-me que passem por esse misto de sentimentos ao ler-me… porque como boa cabra que sou tenho mais, muito mais, para vos dar.
Já perceberam que sofro de uma coisa a que os psiquiatras chamam múltipla personalidade.
A verdade é que a frase em si é já uma incoerência, como se pode dizer que se sofre de algo, se é esse algo que nos evita o sofrimento.
- Afinal a cabra é cobarde e também tem medo do sofrimento!
Estão vocês meus queridos, adoráveis, simpáticos e inteligentes leitores agora a pensar.
Agora sim, estão a ser o que realmente sempre vos considerei: mauzinhos, com a mania que são espertos e sempre, sempre prontos a vingarem-se das que consideram cabras como eu apontando-lhes o dedo.
Admitam, há um pouco de mim em cada um de vós.
Admitam!
Vão ver como se sentem, senão melhor, pelo menos um pouco mais corajosos, um nadinha menos cobardes.
Virem esse dedo que me apontam na vossa própria direcção.
Aí sim, estarão finalmente a ter alguma da porra da honestidade que apregoam por tudo quanto é sítio, sem que nunca o cansaço vos tome, sempre que a oportunidade vos surge.
Pois, caríssimos leitores, o que vos digo é que não sei.
Talvez até seja assim.
Um Chico esperto qualquer de um psiquiatra que vos explique.
Eu não morro de amores por eles, por isso poucas perguntas lhes faço.
Se não confio nas respostas para quê gastar perguntas?
Principalmente para quê gastar as palavras que amo em vez de as guardar para quem as beba comigo.
Para quem nelas se envenene comigo.
Para quem nelas se mate e renasça comigo.
Para quem nelas se enterre e com amor as foda comigo.
Para quem nelas se alimente comigo. Devorando-as ou saboreando-as, sôfrega ou delicadamente comigo.
Para quem nelas se esfregue violentamente comigo.
Para quem nelas se entregue em doces e ternas carícias comigo.
Caso não saibam, nós, as cabras, também amamos.
Eu sou uma cabra que ama as palavras.
A fulaninha que escreve este livro também as ama, foi por isso que concordou que fosse eu a escrever sobre mim, porque partilhamos este amor desmesurado pelas palavras.
Também partilhamos a vontade de não ter os psiquiatras, psicanalistas e afins por perto.
Eu quero-os longe de mim.
Quero-me o mais longe possível das suas elevadas e fundamentadas teorias.
Sei como chamam a esta coisa de que “sofro”, e chega!
Sei quando as Anas começaram a aparecer e vocês também sabem que já vos contei.
Tadinhos, não vos quis ver sofrer de tanta curiosidade.
Afinal a cabra até é boazinha quando quer e teve pena do coitado do leitor roendo-se de curiosidade!
Oh, abominável sentimento esse, a curiosidade!
As Anas, como sabem, apareceram quando um monstro doente, certamente também, em estado de insuportável sofrimento, entrou dentro de mim.
Carinhosamente chamou-me querida, enquanto à força, me penetrava com uma brutalidade que apenas consigo descrever como animalescamente monstruosa.
Força, é uma triste força de expressão, pois nem força o coitado do "animalzinho" doente teve de fazer.
Limitou-se a aliviar a dor da sua doença em mim.
Eu morri.
Morri, pronto!
Estava morta.
Morri afogada no vómito da minha alma.
Morri e nasci novamente.
Nasci de novo e surgi renascida pelo menos tão monstruosa e doente como o monstro doente.
Renasci com uma doença chamada múltipla personalidade, dizem os psiquiatras, psicanalistas e demais estudiosos da mente humana.
Só não sei o porquê das minhas personalidades terem todas o mesmo nome.
Nos filmes e nos livros que tenho visto e lido, cada uma tem um nome só para si.
As minhas não.
Que pobreza!
Nós somos todas Anas.
Talvez seja porque gostamos do nome.
Ou talvez seja devido à minha, já vossa conhecida, arrogância e maldade.
Sou tão má, tão má, que obriguei as minhas múltiplas personalidades a terem todas o meu nome. Sou mesmo cabra!
Nem um nome, só delas, as deixo ter.
Logo a elas a quem tanto devo!
Logo a elas a quem deveria estar tão grata!
Afinal, vieram, qual corajosas cavaleiras andantes, salvar a donzela cabra, em apuros do seu extremo sofrimento, da sua dor lancinante, e nem o direito a um nome lhes foi dado.
Pois é, meus caros leitores, gostava de vos garantir de que sou inteiramente culpada de mais essa maldade, da qual sem dúvida me orgulharia, mais que não fosse pela capacidade de controlar com esse requinte malévolo a doença de que sofro, mas a verdade, quer acreditem quer não, é que não sei o porquê das coitadas terem todas o mesmo nome.
E nem isso me preocupa por aí além, confesso!
Afinal Ana é um nome bonito e apesar de não terem um nome diferente tem a diferença nas personalidades, essas sim completamente distintas umas das outras.
Que maneira melhor de ser diferente?
Todas nós escrevemos. Não contamos informar-vos muitas vezes qual de nós está a escrever. Uma vez ou outra, talvez não vos seja fácil perceberem qual de nós está presente nestas palavras, por exemplo quando falamos no monstro doente quase sempre estamos muitas, mas nem sempre, hoje até agora estou só eu.
Eu sou a Ana da Força.
Sou a mais forte de todas as Anas.
Sou a que vem quando qualquer uma das outras começa a fraquejar.
A Ana que estava connosco hoje ao acordar, acordou frágil, muito, muito frágil.
Acordou ela e com ela acordaram mil fantasmas adormecidos.
Outra Ana tinha-os posto a dormir há já muito tempo mas a fragilidade daquele despertar despertou-os também.
Os fantasmas, como os micróbios, como as bactérias, como os fungos e como os amores tumores gostam da fragilidade e da insegurança.
Na fragilidade sentem-se em casa.
É aos terrenos frágeis, aos solos inseguros e pantanosos que gostam e podem chamar de "lar".
É lá que constroem habilmente as suas armadilhas, as mesmas armadilhas em que, por vezes, caímos e das quais nos tornamos eternos prisioneiros.
A Ana acordou assim, frágil insegura e rodeada de fantasmas bem despertos, prontos a atormentar-nos, dispostos a armadilhar disfarcada e habilidosamente o nosso chão.
O seu primeiro arrepio fez-me vir logo a correr.
Um simples arrepio é um sinal de SOS para mim.
Eu cheguei correndo, ela fugiu e eu fiquei.
Sou a Ana da Força.
Ana é o meu nome.
A Força é o que me distingue das outras Anas.
Desta vez tenho intenção de a usar para nos dar força para partir.
Partir para uma longa viagem que todas concordamos ser necessária.
Uma viagem que nos torne inteiras.
Uma viagem que nos torne vivas e independentes.
Umas viagem que nos faça de novo, crescer, florescer e renovar.
Recentemente li num livro um ditado japonês que diz:“ Na viagem companhia, na vida compaixão.”
Talvez a tal fulana que escreve este livro até concorde, ela é uma grande admiradora da cultura oriental.
Eu não concordo e acho quase todos os ditados, principalmente os da dita “cultura oriental”, bastante idiotas.
Companhia na viagem, porquê?
As viagens com sentido, com propósito, com um fim, fazem-se sós.
As viagens com sentido e com propósito não têm destino pré definido, ou caso tenham, acreditar que ele se cumpre é pura idiotice ou ingenuidade.
O destino vai-se encontrando e só caminhando sós, conhecendo cada pedra da estrada da solidão poderemos vislumbrar o destino de uma viagem.
Vislumbrar.
Vislumbrar, somente, porque conhecer apenas conhecemos o destino da nossa última viagem: a viagem com destino à morte.
Origem- Nascimento
Destino final- Morte
No meio, muitos são os, caminhos, as paragens, os vários pequenos destinos, todos, no fundo, uma ligação entre o nascimento e a morte.
Compaixão na vida?
Mais ridículo ainda.
Na vida, com/paixão, isso sim!
Na vida, com amor isso sim!
Na vida, com coragem, isso sim!
Na vida, com força, isso sim! Na vida, com luta, isso sim!
Na vida, com garra, isso sim!
Na vida, com raiva, isso sim!
Na vida, com tesão isso sim!
Na vida, com Vida, isso sim!
Na vida, com Vida a transbordar, isso sim!
Esta viagem, no entanto terá de ser feita com companhia.
Com a companhia da Luísa.
É uma viagem de vida.
Por isso tem de ser feita na companhia de quem nos mata.
Temos de nos libertar da Luísa.
Temos de nos despegar da Luísa.
Eu Ana, nós Anas, somos monstros doentes.
Mas eu Ana, nós Anas, não queremos continuar a ser monstros doentes e aberrações ainda dependentes deste maldito sentimento que nos engole nos mastiga, nos devora, mas sem o qual murcharíamos.
Eu Ana Força darei força às outras Anas para iniciar esta viagem.
Temos muito para decidir:
Quando partir?
Como enganar o idiota com quem a Ana se casou?
Como evitar que ele nos procure?
Como não deixar rasto?
Como passar despercebidas?
Como ir buscar a Luísa?
Terá ela força?
Saberei eu, Ana da Força dar-lha, caso ela não a tenha?
Entenderá aquela idiota que temos de nos separar para nos podermos abraçar de novo?
Onde está o teu abraço Luísa?
Onde está a tua mão quente sempre suada?
Onde esta essa voz tolinha que me dizia coisas mais tolinhas ainda e me fazia sorrir?
Onde estão os teus cabelos deitados no meu colo, roçando as minhas pernas enquanto enrolada em sofrimento choravas molhando de sal doce a minha pele?
Onde estão os teus dedinhos finos desenhando círculos nas minhas orelhas enquanto a tua boca me sussurrava segredos ao ouvido?
Onde estão esses teus olhos desesperados e sedentos de carinho pedindo sempre mais, dando sempre um tudo que eu achava sempre pouco?
Onde estão as tuas promessas que eu ridicularizava mas me enchiam de conforto?
Onde está a música das tuas palavras cantando para mim: “…nunca vou gostar de ninguém como gosto de ti Ana”.
Onde está a Ana da Força?
Onde está a Ana da Força?
Foi embora.
Foi embora com a lembrança da Luísa.
Agora estou aqui eu novamente. Frágil, fraca, pequenina…
Agora estou aqui eu, uma planta doente, um centro morto de saudade, rodeado de folhas ainda vivas que mais não são que braços abertos chamando por ti.
Isabel
(Continua)



"Luta"

Fotografia de Helena Isabel Ponce

Quero agradecer ao Nilson Barcelli do Nimbypolis, http://nimbypolis.blogspot.com/, por me ter nomeado como um dos blogs que o fazia pensar, vindo dele e sendo ele um dos meus nomeados " indutores de pensamento" não posso deixar de me sentir honrada. Quero também agradecer-lhe por me perguntar o porquê de eu não escrever hà uns tempos e isso o fazer preocupar-se com o estado de minha alma. É bom, tocante e estimulante receber essas pequenas/grandes atenções de quem nos conhece apenas através da escrita. O meu estado de alma está bem, embora muito atormentado com a falta de tempo para escrever e para ler ( ler inclui as visitas aos vossos espaços e as leituras interessantes que por lá encontro) . Lutarei com todas as minhas forças contra essa falta de tempo e sempre que sair vencedora dessa batalha aparecerá algo aqui escrito por mim e um sinal da minha presença nos vossos espaços.

56 Comments:

Blogger António Melenas said...

Olha, olha, a Isabel regressou em força, para nos deliciar com a habitual força dos seus belíssimos textos.
Adoro esta cabra desta Ana (ela e todas as Anas em que ela se desdobra). Logo eu que sou (julgo ser) a antítese perfeita detão pérfida criatura. Se calhar é precisamente por isso. Os extremos tocam-se, não é o que se diz?
A verdadeé que, como sempre o ritmo da escrita e a textura do texto me deliciam, me prendem me emociona é isso, afinal, que se espera do texto literário.
Um grande beijo para ti
E se vires à cabra da Ana, diz-lhe que se espera que sua maldade seja
suficiente má para justificar a fama que tem

terça-feira, maio 15, 2007  
Blogger Cusco said...

Olá! Já li o teu texto. Dentro dos parâmetros de qualidade habituais e envolvente e enovelante como eu gosto. Continuo a achar-te das melhores prosas que se encontram pela blogosfera.. Logo quando cheguei a estes meandros percorri muitos, muitos blogs à procura de boa escrita. Ao princípio pareceu-me que iria encontrar muitas opções dentro dos parâmetros que elejo como bons, dentro de um determinado tipo e maneira de escrever. Hoje passados alguns meses considero que me enganei. Dentro daquilo que eu entendo como bom encontrei muito pouco. Talvez que o meu grau de exigência como leitor seja muito elevado, muito habituado a ler e a ler bem. E tudo isto para dizer que dentro daqueles que eu encontrei e que posso considerar como Bons estás entre os melhores dos melhores.
Um beijo!

terça-feira, maio 15, 2007  
Blogger P. Guerreiro said...

Haja ou não haja continuação imaginei este trecho como um acto de uma peça de teatro...Que belo monólogo...Sem folego...Li-te a ouvir Dead Combo (Vol I)...Imaginei a confissão, a mudança de Anas no representar da atriz, o silêncio no fim, o escuro...a espera.

Um abraço!

terça-feira, maio 15, 2007  
Blogger Cris said...

(In)felizmente existe uma Ana, de força e raiva, com ganas de sobreviver, em nós mulheres, pode ser uma cabra, mas não erámos nada sem ela.

Beijinhos, gostei muito.
cris

quarta-feira, maio 16, 2007  
Blogger jorge esteves said...

Palavras como medronhos. Fotografia límpida como àgua de regato.
Gostei!
Abraços.

quarta-feira, maio 16, 2007  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Querida Isabel

Que texto!!!

De facto os "papeis" difíceis - os maus da fita são sempre os mais interessantes apaixonastes ___________os que marcam. como a essência deste teu texto_______colossal

Beijinhos com carinho

quarta-feira, maio 16, 2007  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Sim, realmente somos todas Anas.

bjo (esta belissimo como sempre)

quinta-feira, maio 17, 2007  
Blogger Alexandre said...

Que bom, Isabel! Um novo post... preciso de serenidade para o ler porque as tuas palavras são sempre precisas, são sublimes...

Obrigado pelo comentário que deixaste no meu blog. Tenho-te enviado um mail ou outro mas também já tinha saudades das tuas palavras, dos teus sentidos...

Como já sabes, voltarei para me referir ao texto!

Beijinhos!!!

quinta-feira, maio 17, 2007  
Blogger bettips said...

ANA DE FORÇA. MÃO DADA. OBG.BJINHO

quinta-feira, maio 17, 2007  
Blogger Unknown said...

"Admitam, há um pouco de mim em cada um de vós."
Admito...
Estranho ser interpelado pela cabra da Ana e pela Isabel...
Estranha esta sensação de me sentir "leitor"... "personagem da personagem"... e, nunca me esquecer, durante a breve leitura (Longa? Não dei por isso... como de costume...) que, por detrás de nós estás tu, Isabel, a autora/personagem/leitora!
Confuso? Nada! Basta que se admita que vestimos, em cada momento, a pele de...
Admito! Repito...
Um beijo!

quinta-feira, maio 17, 2007  
Blogger poetaeusou . . . said...

*
isabel
*
Eu sou a Ana da Força.
,
força Ana
,
*

quinta-feira, maio 17, 2007  
Blogger Maria said...

Sem fôlego, como sempre que te leio...
Mas com vontade de voltar a ler-te amanhã...

Beijinhos

sexta-feira, maio 18, 2007  
Blogger Vida said...

Isabel, vês como eu te dizia, descreves todas as Marias que eu sou, revejo-me um pouco em todas as tuas personagens e fazes-me pensar cada vês mais. Adorei o texto!!!

Bom fim de semana e muitos beijos para vocês!!!

sexta-feira, maio 18, 2007  
Blogger A.S. said...

Um texto que mexe com a gente Isabel! Ninguém fica indiferente. Um texto para ler e reflectir muito sobre as ideias que, com tanto talento, aqui expressas!


Um BeijO!

sexta-feira, maio 18, 2007  
Blogger veritas said...

Olá Isabel:

Estou grata e feliz por, no meio da tua luta contra o tempo, ter recebido a tua visita.
"As cabras, os malandros, os sacanas, os canalhas têm o dom de aguçar o lado mau que existe em todos nós e que raramente admitimos. " Como é verdade Isabel, como é verdade...esses contactos fazem com que fiquemos a conhecer-nos melhor, com que saibamos os nossos limites, com que os testemos...e será que depois disso ficamos piores pessoas? Sei que nada volta a ser o mesmo...

Bjs. Bom fim-de-semana.

sexta-feira, maio 18, 2007  
Blogger saudosista do futuro said...

nunca te consigo ler até ao fim.
és extensa e polémica... e eu gosto!
e saiu sempre com vontade de voltar, e vou saltando sempre para não ficar no mesmo sitio.


(...)



reVolto.




abraço de cá...

sexta-feira, maio 18, 2007  
Blogger miruii said...

A tua escrita é um espanto, tiras-me o voo.
Eu preciso de conhecer a tua Julieta, quem sabe o meu Chatgris esqueça os pardais e lagartixas por um andar coleante...
Só não gosto desse olho torto, fico desorientado...
Ah, e o que é isso de falares na minha amiga cabra desse jeito mordaz? Eu adoro cabras, são vivaças, elegantes, saborosas...
Picada grata

sábado, maio 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Li e reli este texto. Começar de novo é o desafio que nos é posto uma e outra vez na vida. Vivo esse desafio actualmente. Recomeçar profissionalmente, após o fim de um Projecto. Virar a página, tirar as mais valias, aprender no erro e com o erro.

Os teus textos são desafios, emocionam e despertam sentimentos. Na verdade são o que devem ser textos literários.
Este não foge à regra. Muito bom, mesmo!

Um excelente fim de semana.
Um beijo da Mel

www.noitedemel.blogs.sapo.pt
www.maresiademel.blogs.sapo.pt

sábado, maio 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Mas que bem...

Admiravel forma de ser!

sábado, maio 19, 2007  
Blogger Maria said...

Voltei a ler-te, com mais calma, hoje.
É um texto de grande reflexão, Isabel...

Beijinhos

domingo, maio 20, 2007  
Blogger o alquimista said...

Olá querida amiga Isabel, tu tens o condão de me fazer sorrir de encanto e admiração...um dia destes convido-te para me escreveres uma péça de teatro...


Os teus pés são navegantes na espuma, o teu cabelo dança em descuidada ironia, suave viagem de ondulante onda em tua boca, duas sílabas sopradas em mágica melodia…

Bom domingo

Doce beijo

domingo, maio 20, 2007  
Blogger Titá said...

Como gostei de te ler! Adorei...Obrigada por este momento.
Um beijinho e boa semana

segunda-feira, maio 21, 2007  
Blogger sonhadora said...

Tem uma boa semana.
beijinhos embrulhados em abraços

segunda-feira, maio 21, 2007  
Blogger Besnico di Roma said...

Pois, pois, digo eu em toda a minha eloquência … pois.
E por isso mereces ser castigada…pois…
Vai ao meu blog que tenho lá um castigo para ti.
Ah! Antes do costumado beijito que te envio… pois… continuo a gostar do que escreves.
Beijitos.

segunda-feira, maio 21, 2007  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Boa semana.

bjocas

segunda-feira, maio 21, 2007  
Blogger pe.cl said...

Gostei verdadeiramente da forma como desenvolves o teu pensamento ao escrever e de facto torna-se viciante a tua escrita.
Foi a 1ª vez que passei por aqui e vou passar mais vezes.
É preciso que alguém, por vezes, tenha acoragem de nos fazer reflectir sobre as diferentes personagens que tão inconscientemente representamos.
Forte abraço.

segunda-feira, maio 21, 2007  
Blogger sonhadora said...

Boa noite.E sonha se faz favor!
Deixo-te beijinhos embrulhados em abraços

segunda-feira, maio 21, 2007  
Blogger Elsa Sequeira said...

Querida Isabel!

Como tinha saudades tuas...pensei que me tinhas esquecidso...mas voltaste! Que bom!
Fico feliz!
E feliz também por ver que a tua pena continua em alta como sempre e assim nos brindas com estes maravilhosos textos!!

Beijinhos para ti, linda!!
:)

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger mafalda said...

Diz-me Isabel, vais escrever um romance on-line? Ou trata-se de um conto em várias partes?

Muito interessante. Beijinhos.

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

Olá Isabel!

Ai, que tu acertas sempre na mouche!

Também eu conheci uma cabra chamada Ana!

:-)

As duas têm em comum o cinismo e o ódio ao mundo.

A minha fingia-se de boazinha...e eu, a tolinha, acreditava...

Até um dia...

A máscara acaba sempre por cair. Um sorrisinho maldoso aqui, uma palavra ali...

Um frase injustificadamente maldosa acerca de um amigo...

Até surgir a suspeita da intriga nas tuas costas de que a Ana afinal não está a ser tua amiga...

Paranóia?

Então vamos tirar a prova dos nove:

como é que a Ana se refere aos amigos e às pessoas em geral?

Que palavras utiliza?

Fala de alguém com admiração?

Existe alguma mulher no mundo a quem ela nas costas não chame "gaja" com o sentido pejorativo que esse substantivo acarreta?

Não.

Nem à própria mãe.

Então por que te há-de respeitar a ti?

E, já agora porque é que é toda mel contigo?

Porque é que está sempre a tentar convencer-te que os outros não são teus amigos? Que não gostam de ti?

Tens razão, Isabel: as Anas são muito interessantes!

Pelo simples motivo que se aproximam de nós porque temos uma capacidade que elas não têm: de nos fazermos amar por aquilo que somos.

O perigo das Anas é quererem destruir aquilo que desejam e não podem ter...

Um beijo grande!


CSD

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger João Cordeiro said...

Que "amor" de palavras me deixaste no meu blog...
Fiquei sem palavras. Obrigado pelo teu carinho


Beijo sonhador

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger bettips said...

Ah...tu tens de acreditar em pássaros infinitos, como a tua alma. Bjinho

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger jawaa said...

Venho agradecer as tuas palavras... és muito amável. Garra tens tu, mulher que escreves com a alma toda num derrubar de escolhos digno do meu rio... tu és uma torrente magnífica!

Tudo isto para dizer que escreves muito bem.
Publica. Vai valer a pena.
Um abraço forte

terça-feira, maio 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Pois é...

E foi por causa do Nilson que eu vim.

Concluí que sua arrogância é encantadora.

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger Brain said...

Isabel,

Antes de mais deixa-me dizer-te que: "ADORO LER-TE!"

De seguida, deixa-me dizer-te que:
Poucas vezes o consigo fazer, devido à extensão dos teus textos, que pela tua forma fantástica de escrita, não permitem uma leitura na diagonal, mas incitam a uma leitura atenta e concentrada.

Quero também dizer-te, que foste das pessoas que escreveu sobre mim talvez a que mais me marcou numa primeira fase e a que, em cada comentário deixado no meu canto, me faz ter orgulho no que faço e dá alento à continuidade.

Porque gosto de comentar o que leio,
Porque não gosto de deixar apenas um "olá",
MAS PRINCIPALMENTE
Porque gosto de retribuir o carinho que me é dado,

Aqui estou eu,
Hoje,
Para te deixar um Beijo Sentido,
E o meu Muito Obrigado,
Pelas tuas sempre tão carinhosas palavras.

BEIJO!

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger Estranha pessoa esta said...

Estou.
E Sinto.







Abraço de cumplicidade...

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger Anawîm said...

gostei imenso de passar por aqui... e de conhecer esta cabritinha rebelde...

que belo deve ser esse coração tão pleno de força de vida

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger mnemosyne said...

Uma escrita solta que nos enleia...pujante este teu texto!!
Um beijo

terça-feira, maio 22, 2007  
Blogger Nilson Barcelli said...

Vou ler com mais calma o teu texto (estou sem tempo...).
Quanto à nota de rodapé... bem, nem sei o que dizer. Vou pensar e junto tudo no próximo comentário depois de ler o texto...
Beijinhos.

quarta-feira, maio 23, 2007  
Blogger vida de vidro said...

Voltaste... e mantens essa terrível capacidade de nos virar a alma do avesso. As tuas palavras colam-se-nos á pele e fazem-nos olhar bem fundo dentro de nós. **

quarta-feira, maio 23, 2007  
Blogger Pierrot said...

Claro que sou assim
Mais virgula menos virgula
Nem sempre o assumo, nem sempre ou quase nunca falo sobre mim mas revi-me bastante nas tuas palavras.
Uma vez mais, a tua frontalidade faz das tuas palavras armas de arremesso contra a vulgaridade, contra o deixa andar que se instalou à seculos neste país.
Bem hajas pelo que escreves e nos fazes sentir
Bjos daqui
Pierrot ausente

quarta-feira, maio 23, 2007  
Blogger Rocha de Sousa said...

Pois, Isabel, Ana cabra, mulher de uma só voz, eu tinha lido um capítulo desta raiva, desta incon-
tornável animalidade, para que serve o corpo, para que serve a alma, quem possui é sempre possuído, tu sabes de coisas que andam escondidas pelas tais palavras cobardes que citas, gente
na espuma de carícias perversas, o mar enfim terreno. Isabelalmasolta, eis um nome que só a cobardia pode esconder e prender, temos mais asas do que julgamos, mais tesão do que a das plantas inebriantes - e tu o dizes sem sombra de manobra, raiva é raiva, desejo é desejo, uma violação nunca é amor ainda que se pareça com tal estado de encantamento. Renasce sempre, Isabel.
Peço desculpa deste jacto de escrita
pelo que senti e pelo sentido do que senti.
Fala comigo
Rocha de sousa

quarta-feira, maio 23, 2007  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Bjinhos

quarta-feira, maio 23, 2007  
Blogger Nilson Barcelli said...

Voltei, reli e voltei a deliciar-me.
Da cabra à conspiração das Anas, do doente à dupla personalidade (ou múltipla...?), numa espécie de discurso caótico organizado num monólogo brilhante.
Este texto, fez-me lembrar o dos malefícios do tabaco, salvo erro do Anton Tchekov, muito embora a temática seja diferente. Mas há maus-tratos em ambos os casos...Mas fiz a associação principalmente pelo ritmo e pelo inusitado das abordagens que vais desfiando e derivando...
E porque eu penso que
”Falaste e a tua alma ficou mais leve"

Nomeei-te porque, de facto, me fazes pensar com o que escreves. Ainda que me fique a doer a cabeça (és mesmo cabra...) dada a intensidade das tuas palavras. Não és nada light... és uma espécie de cigarro sem filtro, tipo Gauloises... negro... gostamos ou ficamos enjoados e vomitamos.
Mas eu não tenho vomitado.
E perguntei-te quando escrevias, porque acho que já me viciei...
Agradeço a tua referência. Mas também agradeço que não voltes a repetir a dose, porque eu não me aguento... gosto de andar por aqui meio despercebido, a escrever de vez em quando uns poemitas, etc. E a observar como é as Anas (e as outras) e os doentes (e os sãos...) reagem ao que escrevo.
Mas sei que, gostem ou não do que escrevo, nunca vomitarão... nem terão dores de cabeça como a minha quando te leio...

Porta-te mal.
Beijinhos.

quarta-feira, maio 23, 2007  
Blogger Rocha de Sousa said...

Isabel, é notável como estás atenta ao que te dizem. Há uma sagacidade segura no texto que me dirigiste, em resposta ao meu. E percebeste perfeitamente que eu me
movimentava contigo, em ritmo, em léxico, em emoção e surpresa. O teu texto, ou mesmo a escrita em geral, merecia uma análise constru-
tiva e produtiva. Não sei se escreves quase automaticamente ou se «finges», como o poeta, a dor
deveras sentida. Sei é que esse processo obriga a um grande trabalho (lento) de treino e indagação. Tenho obras onde certas
partes do livro se incendeiam assim
(ANGOLA 61 /crónica de guerra), «A Csa Revisitada, e alguns capítulos de A Culpa de Deus. No livro também nos responsabilizamos como
aqui, testemunhando, revoltando, interrogando, acusando, desesperando -- cantata da própria raiva na descrição de uma viagem
pelo mato,sonhos e medos, a aventura do amor, da espera.Embora a minha formação inicial seja a de pintor (Faculdade de Belas Artes), e goste de fazer filmes e fotografia, a escrita é hoje o que mais me mobiliza. Uma cabeça e um coração multidiscplinares, estás a
ver? Tenho que investigar melhor o teu trabalho e um dia envio-te umas
páginas menos comprimidas. Claro que tenho obra científica e coisas afins, das provas de doutoramento, mas sou muito alheio a currículos.
Gosto da literatura nas suas diversas vertentes. No teu caso, acho que os «tempos de respiração»
nem sempre acertam com a veemência.
Fernando Pessoa faz isso genialmente, no Álvaro de Campos.
Bom, não quero chatear mais.
Desculpe se te pareço pretensioso,
não é mesmo mada disso.
Um beijo
Rocha de Sousa
Rocha de Sousa

quinta-feira, maio 24, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Parabéns, ficam-te bem esses sentimentos...

Beijinhos

Olha, eu descobri que tenho andado enganado estes anos todos. Descobri há já trinta e tal anos k vivo no deserto...

Isto sim... é dramático...

Beijokinhas endiabradas

sexta-feira, maio 25, 2007  
Blogger Bruna Pereira Ferreira said...

Linda Ana, grande Ana.

(Linda-grande Isabel)

:)

sexta-feira, maio 25, 2007  
Blogger Cusco said...

Olá! Deixo-te o desejo de um bom fim-de-semana!

Beijo!

sexta-feira, maio 25, 2007  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

Olá Isabel!

Fiquei de regressar para ler e comentar o teu texto mais detalhadamente.

A tua exploração da mente, numa alma de pensamento tortuoso, está excelente, pela incrível verosimilhança.

A Ana que descreves é apenas ligeiramente diferente da minha.

A tua é alguém que acumula um ódio brutal que, não consegue canalizar directamente para o agressor e que, para isso, dirige-o para as pessoas mais desprevenidas ou vulneráveis, como a Luísa de que falas no texto.

Também acho giro teres focado o facto de a Ana não gostar de psicólogos, o que é comum em pessoas com distúbios de personalidade ou com personalidade anti-social como ela.

O psicólogo está treinado para não se deixar envolver pela lógica tortuosa e deficiente, embora apoiada numa argumentação estrturadíssima, que essas pessoas ostentam. Está, também, atento a todos os mecanismos de defesa do ego que essas pessoas costumam utilizar - racionalização, sublimação, projecção, etc - por isso, compreende-se que não se sintam muito confortáveis na presença de um deles. É que simplesmente não conseguem dominar a situação.

Para além disso, o psicólogo não mostra compaixão, não passa a mão na cabeça dessas pessoas. Pelo contrário, coloca o dedo na ferida, indo directamente ao alvo, ao cerne do problema. E as pessoas como a Ana não gostam porque se sentem esxpostas.
Preferem alguém que lhes dê colo.

Ou que esteja sempre pronto a desculpá-las.

No entanto quem assume esse papel, normalmente não sabe que, mais cedo ou mais tarde, será agredido por essa pessoa, ou será alvo de uma atitude que não está à espera, porque está confiante que essa pessoa irá perdoá-la...

Essas pessoas confundem, normalmente, ingenuidade com estupidez acabando por afastar aquelas que inicialmente pretendiam ajudá-las.

Não acredito que mudem sem ajuda profissional.

Que só resulta quando também, a pessoa decide internamente que quer mudar...

Mas antes precisa de aceitar o facto de que não é superior aos outros que ela própria tem características que dificultam o seu relacionamento com os outros.

Ou seja, abdicar pelo menos de uma (boa) parte da cabra que há em si.

;-)

Desculpem, mas o meu lado cabra é não ter pena das cabras...

Nem ser solidária com elas.

Não consigo achá-las boa companhia...

CSD

sexta-feira, maio 25, 2007  
Blogger Maria Carvalhosa said...

Olá Isabel,

Sei que vais dar-lhe continuidade. Bem merece. Escreves com um desprendimento da Isabel (digo eu... que te conheço tão mal..) que daqui só pode saír uma excelente ficção como, isso sim, seria de esperar de ti, Isabel.

Um beijo com muito carinho.

sábado, maio 26, 2007  
Blogger Alexandre said...

Como dizes, se calhar todos nós temos um pouco da Ana... mas geralmente não o admitimos, nem sequer pomos a hipótese de o admitir porque nos refugiamos em coisas banais, tentamos esconder o que julgamos termos de menos bom, nem queremos por vezes acreditar que temos coisas menos boas, somos o centro do mundo e por isso tudo gira à nossa volta...

E na minha opinião não é assim: somos insignificantes, somos aquilo que os outros pensam de nós e não aquilo que nós próprios pensamos de nós! Sim, porque de que adianta pensarmos que somos uma determinada coisa se os outros é que nos julgam, se os outros é que nos definem... Mas, e há sempre um mas... existem alturas na vida em que podemos reverter a nosso favor as dúvidas dos outros... porque os outros também têm dúvidas e também não são aquilo que eles pensam ser, os outros são aquilo que nós pensamos deles! E assim ficamos quites!

Isabel, grande texto, sente-se muita força, muita «raiva», muita determinação... e «Se não confio nas respostas para quê gastar perguntas?»

Beijinhos!!!

sábado, maio 26, 2007  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

Olá mais uma vez!

Eu já aqui vim uma cinco vezes porque os comentérios são tão interessantes como o texto da Isabel!

Está espectacular a observação do Alexandre.Gostei mesmo muito!

CSD

domingo, maio 27, 2007  
Blogger bettips said...

Sabes bem que adoro a fotografia da gaivota, grito fortuito no azul. Porque sentimos que pertencemos ao mar. A um mar, de sentimentos. Bjinho

segunda-feira, maio 28, 2007  
Blogger Rocha de Sousa said...

Isabel, não consigo enviar-te um «mail», suponho que é de estar a caixa cheia. Eu tinha escrito, a propósito de uma das tuas últimas mensagens:
«Venho só para dizer que foste quyase a única que entendeu o sentido do meu «post» sobre a menina desaparecida. O que eu queria era dar a notícia, sem distinguir este caso dos tais milhares que desaperecem por dia, em todas as geografias: as que não têm máquinma mediática cono fazem, exiladas e famintas?
De resro, um belo texto teu, daqueles que nos acariciam o ego.
Um abraço. Ou dois.»
Limpa lá a casinha
Até breve
Rocha de sousa

segunda-feira, maio 28, 2007  
Blogger Rocha de Sousa said...

Isabel,
Tentei escrever-te por e-mail, porque gostaria de analisar as tuas
belas palavras, mas o endereço que
possuo retorna. Ou não tens e-mail ou o endereço não me foi fornecido
por ti, apesar dos contactos através dosa blogues. Diz-me alguma coisa sobre isto. Compreendo que não queiras facultar o e-mail ou não o tenhas.
Eu apenas preciso, pois então usarei o blog até agora facultado.
o meu endereço:
rochadesousa02@gmail.com

segunda-feira, maio 28, 2007  
Blogger Rocha de Sousa said...

Mais uma vez: Julgo ter acedido ao teu e-mail e vou experimentar nos
contactos.
Junta esta emnsagem à anterior e, se quiseres, confirma se o e-mail
é helena.ponce@munditer.pt
Rocha de Sousa

segunda-feira, maio 28, 2007  

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